CAMINHOS DA MÁFIA

*Capítulo 02 - Continuação ...*

Pv: *Yoko*

*A sensação de ser jogada de uma ribanceira não é uma das melhores, o medo estava tomando o meu corpo de uma forma que não conseguia respirar direito ou até mesmo ouvir o meu grito que estava intalado em minha garganta.

O carro capotava cada vez mais me fazendo aos poucos perder a consciência até que a porta do meu lado sai voando me assustando.

Liam me abraça me protegendo em seus braços, com isso o meu cinto se desprende nos jogando para fora do carro. Nosso corpo sai rolando pelo resto da ribanceira, minha pele arde com os cortes que as plantas e pedras fazem, uma delas arranham minha bochecha e o gosto de sangue preenche minha boca me causando um gosto amargo na saliva, mordo meu lábio inferior sentindo uma dor aguda atingir meu peito igual uma flecha. Por favor acabe com esse sofrimento logo!!! Não consigo aguentar por mais tempo.

Assim que peço para quem estivesse lá em cima ouvindo paramos de rolar. O corpo de Liam estava sob o meu, conseguia ouvi sua respiração acelerada no meu ouvido e sua cabeça em meu pescoço, não sei porque mas agradeço por está vivo, abro meus olhos virando minha cabeça um pouco para o lado, estava embaçado, começando a ficar escuro minha visão mas conseguia ver o carro capotado no final da ribanceira. Noah ainda estava lá dentro, inconsciente. Senti Liam tira sua cabeça do meu pescoço e olhar na mesma direção que a minha. ( ... ) A gente não esperava por esse momento, o carro explodiu bem diante dos nossos olhos, havia nada apenas rastro de destruição da explosão, a dor no meu peito foi tão forte que me fez perder o resto de consciência que tinha, mas antes de desmaiar escutei a voz de Liam saí como um grito de dor.*

-Noooaaah!!!- Liam

*Três semana depois ( ... )*

*Olho para a vista da janela do quarto do hospital. Aos poucos o sol vai aparecendo iluminando as trevas que passaram. Havia se passado três semanas desde aquele maldito acidente, ainda estou me recuperando bem depois do transplante de coração, queria saber quem foi o doador.

Noah não sobreviveu, meu coração se aperta só de lembrar que os poucos momentos que passamos juntos foram rápidos, é incrível como as pessoas que conhecemos mesmo que por poucas horas ou a bastante tempo se vão rapidamente deixando apenas a lembrança e a saudade.

Não consigo nem imaginar a dor que Liam deve estar sentindo nesse momento, os dois eram tão unidos. Preciso vê-lo mas não posso sair daqui, meus pais saíram para descansar um pouco, deixando Ray e Lorenzo aqui tomando conta de mim, isso daqui é um hospital não é como se eu fosse fugir, até agora não soube nenhuma notícia dele e isso esta me deixando ansiosa. Pelo que ouvi de uma conversa das enfermeiras, Liam teve apenas ferimentos leves como alguns cortes e uma pequena torção no pulso, semana passada teve alta, e desde então não ouço mais nenhuma notícia. Suspiro.*

-Vamos cenourinha é a última colherada da sopa.- Ray

-Não estou com fome, e não sou mais criança.- Yoko

*Ray faz um biquinho fofo, está tentando me fazer comer a sopa mas nada desce. Toda vez que ele faz isso me dando comida na boca ou me chamando de cenourinha, me faz lembrar de quando éramos menores, sempre fazíamos isso quando algum de nós ficavamos doentes, era tudo tão fácil naquela época. Lorenzo é o único que é igual ao nosso pai, ao contrário, de mim e do Ray que somos quase parecidos, seus cabelos ruivos despenteados brilham na luminosidade do sol enquanto seus olhos castanhos claros imploram para eu abri a boca. Cruzo minhas pernas, afastando minha franja dos olhos enquanto abro a boca, um sorriso feito de uma criança se forma nos lábios do meu irmão, não a como resistir a essa carinha de cachorrinho quando ele faz.

Faço uma careta quando engulo a sopa sem sabor, sinceramente, quando dizem que a comida do hospital é péssima não duvidam. Limpo o canto da minha boca com o guardanapo.*

-Delicioso??- Ray

-Por favor não me faça responder. Onde está Lorenzo??- Yoko