PV: Yoko-"𝒴ℴ𝓀ℴ (....) 𝒟ℯ𝓈𝓅ℯ𝓇𝓉ℯ"
*Essa voz tão nostálgica causa uma dor inexplicável em meu peito, embora dentro dele batesse um coração, a sensação de vazio e de estar sozinha se torna mais dolorida, o frio começa a emergi causando calafrios em minha pele fazendo nos minutos seguintes recobrar a consciência voltando a triste realidade.
Primeira coisa que vejo, um teto de um lugar irreconhecível parecida com uma prisão gelada dos filmes, certamente os russos não conheciam a real palavra de conforto aos seus prisioneiros do alto escalão, solto gemido fraco de dor ao me mover percebendo que foi um erro logo de início, os arranhões doíam, mas não tanto quanto minha cabeça, tocando, meus dedos sentem a faixa envolta do ferimento, comigo morta não ganhariam tanta coisa.
Estou exausta, os músculos do corpo se contraem com tamanha dor, inclusive, me amarraram com correntes, nos pés e nas mãos para que não tentasse fugir, os cantos dos meus lábios tentam se erguer pra cima formando sorriso irônico com o lenço em minha boca, impedindo de reclamar, com a situação.
Só poderia ser palhaçada. Como posso fugir nesse estado?? Frustada tento quebrar a corrente contra a parede, as chances eram mínimas, portanto, lutaria pra sair daqui, ganharia mais machucados, mas seria por uma boa causa, minha família, Liam e amigos me esperam, ou melhor, devem estar a minha procura.
Sinto sede, aqueles idiotas nem pensaram em deixar água e comida aqui, suspirando abaixo as mãos sobre as coxas franzindo o cenho pensativa, por qual motivo me sequestraram?? Será que descobriram a verdade da provável linhagem da minha mamã?? Um dia viria a tona, embora (....)
Viro a cabeça em direção a porta de ferro ouvindo o rangido insuportável da mesma ao ser aberta, aumenta minha dor de cabeça com a luz invadindo o espaço em que estou batendo em meu rosto, com os olhos entre abertos, quatro figuras de porte masculina adentram, altos, impotentes de aura sombria que me faz arrepiar a espinha da nuca. Não acabará bem o que vão fazer aqui.
Fechando a porta, reconheço duas silhuetas, nunca esqueceria, Abraik deixa uma bandeja com copo de água e comida ao meu lado, se agachando nossos olhares se encontraram, minha raiva era óbvia, mesmo que digam que os olhos são a janela para a alma, eles também transparece os sentimentos, Abraik entende isso, sem coragem pra olhar novamente, se levanta olhando para os outros três, reparo, um deles estava com aparência abatida, talvez seja esse o Mark?? Liam havia falado do plano de mata-lo, não deu certo, pelo menos levou uma surra pra aprender a não mexer com uma garota, dou de ombros desencostando da parede e xingo mentalmente ao sentir outra dor.*
-Ainda com dor princesa da máfia??- Mikhail
*Mikhail, bastardo miserável, soltando um grunhido de raiva movo meu corpo com pouca rapidez para frente e agarra-lo pelas panturrilhas, certamente, isso não deu certo e por fim, caio de lado, com a respiração acelerada, a adrenalina percorre meu corpo, dando força para sentar novamente e sentir os olhares e sorrisinhos sob mim.*
-Não faça perguntas tão óbvias, a princesinha pode querer arrancar sua cabeça.- Dmitry
-Por isso a amarramos, quem sabe o que ela poderia fazer com essas mãozinhas soltas??- Mikhail
-Sua atitude foi um tanto radical dessa vez Mikhail, se descobrirem o que fez, e chegar aos ouvidos de que sabe quem, acabara mal pra nós.- Mark
-Ninguem irá descobrir Mark, perdeu sua confiança com toda aquela surra??- Mikhail
-Idiota. Ferrou com todos malidíto, trouxe o inimigo até nós sequestrando essa mulher, Salvattore pode ter ficado manso, mas sempre terá o apelido de diabo entre as mafias.- Abraik
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CAMINHOS DA MÁFIA
RomanceOs caminhos levam sempre a um destino que te leva a sua felicidade. Será que esses caminhos tão tempestuosos, cheios de mentiras e traições levaram duas pessoas que foram feridas muitas vezes a encontrarem um significado juntos e curarem suas ferida...