A FOSSA QUE ME LEVOU A PARIS (SOPHIE)

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A vida é muito louca. Sou muito louca. Pelo menos, é o que dizem por aí.

Eu me chamo Sophie, sou uma americana que se formou em design de figurino aos 24 anos. Meu currículo é muito bom, fiz vários trabalhos mesmo antes de começar os estudos no Conservatório onde conheci minha melhor amiga, Carol. E, ao contrário do que acreditavam os meus colegas de escola, que se orgulhavam da oradora da formatura do High School, de carreira promissora, estava desempregada há meses, falida e traída. Mas eu não posso reclamar, pois foi a fossa que levou à Paris, me levou a Steve.

Não costumava ser bisbilhoteira, mas era o que exatamente fazia, percorrendo cada cantinho da casa que a minha amiga alugara na França. Fiquei encantada.

Usei alguns de seus cremes importados, experimentei os sapatos caros e vestia uma de suas roupas estilosas quando a campainha soou. Logo, estremeci.

Olhei-me no espelho, estava embalada em um belo vestido vermelho com um rasgo ousado que chegava quase na cintura.

Onde Carol iria com aquilo?, me perguntava.

Assustada, avancei pela sala abrindo o fecho na parte traseira do traje de gala, peguei pelo caminho a minha camisa do "Hell fire Club" e um short jeans, os quais só me serviram para dificultar a destreza no retirar do Zuhair.

Não deve ser a Carol, acabei de falar com ela no telefone, está no trabalho..., me convencia, porém o nervosismo pelo risco de ser pega em flagrante não diminuiu.

E de repente foi necessário sussurrar um tremendo "porra", pois havia emperrado o zíper da delicada peça no meu chumaço de cabelo.

- Não é possível, Sophie... Você é muito azarada - falei para mim mesma, tentando arrancá-lo ao som de um novo chiar da campainha. Todavia, não tive êxito.

Completamente torta e com a cabeça arqueada para trás, devido ao peso do tecido aveludado, rumei à janela a fim de espiar quem era. Desfrutava de uma agonia incessante, visto que fio a fio das madeixas castanhas eram roubados pelo maldito vestido e, de igual modo, meus gemidos e murmúrios de arrependimento. Por que eu coloquei essa bosta?

Foi quando o vi através da cortina fina e esqueci do sufoco que me encontrava.

- Que puta caralho de homem gostoso?! - A frase que o resumia na íntegra saiu como um sopro. - Esse é Steve? Carol, tenho que admitir... Você é foda.

Como o resistiu? Deveria ter proposto um trisal ao Andy. No mínimo, se fosse eu, pediria isso como condições de reconciliação.

Eu já havia pesquisado o tatuado pela Internet. Steve tinha sido modelo. E para mim, modelos eram pessoas falsamente perfeitas, maquiadas com photoshop. Mas o que eu presenciava, ali, a dois metros de distância... Hum... Estava certa de que era delicioso, precisava provar.

Perdia-me em meus pensamentos mais depravados. Lembrava de uma frase curta que tinha tatuado perto da virilha, "fuck you". Ah, Steve... Queria lamber aquele dizer malicioso que me deixava excitada.

Ajeitei a cortina para observá-lo melhor e esse movimento o alertou.

- Carol? - chamou ele, vindo em direção ao meu esconderijo. Corri atrapalhada, sentindo o couro cabeludo repuxar. - Carol, sou eu, Steve. Tá aí? - Aproximou-se do vidro. Vi a sombra surgir no piso amadeirado.

Respirei fundo, lancei minha camisa e short no chão e comecei a subir o vestido. Tirá-lo por cima poderia ser a melhor solução, a mais rápida. Não podia atendê-lo daquele jeito. Que desculpas eu teria?

Assim que o passava pelo pescoço, fui surpreendida: - Ual! Que seios!

Ele já estava dentro da casa. Mas por onde entrou? Ah, dane-se! O que importava era que o amigo da minha melhor amiga me encontrara só de calcinha e salto alto. Aquela roupa não pedia sutiã. E no impulso, com o susto, puxei o vestido sem piedade.

CONTO ERÓTICO - O QUE ELA PERDEUOnde histórias criam vida. Descubra agora