- Tem camisinha?
Com a testa franzida, usufruindo do prazer que eu fornecia, respondeu: - Não... Não esperava encontrar a amiga deliciosa da Carol.
- Deliciosa, é? Me elogiar não garante que eu te elogie. - Apertei o seu membro mais forte, Steve urrou grave.
- Eu não me importo... Sou assim... Quero agradar quem eu gosto, mesmo que seja uma garota arrogante e mentirosa como você. - Esboçou um sorriso fraco de lado.
Gargalhei e o larguei, rumava para o quarto da Carol. Por sorte, bisbilhotar o terreno alheio me fez saber o lugar onde ela guardava a caixa intocável de camisinhas.
- Vai aonde? - indagou, espantado. Adorei a exasperação no timbre de voz, então, o ignorei.
Cheguei no cômodo e tirei o salto que me incomodava. Quando escolhia o pacote dentro da embalagem, fui agarrada de supetão. Com as mãos ligeiras, moveu meu rosto para o lado e me beijou calorosamente, estendendo os mesmos cuidados ao queixo, ao pescoço, orelha e nuca, me vi toda lambuzada, enquanto segurava a minha cintura, pressionando meus quadris nos seus, roçando o seu membro grosso na minha bunda. Ele estava plenamente nu. Então me estapeou bem ali, e eu quiquei. O som do estalo me assustou. Não doeu, mas surgiu uma ardência suave, que foi amenizada com o esfregar de sua mão na região.
- Vamos para o quarto - Sussurrou, continuando o carinho.
- Estamos no quarto...
- Não, esse é o da Carol. Não vou te foder aqui...
Avançamos pelo corredor, conectados. Seus dedos retornaram ao trabalho inicial. Mal conseguia andar com tamanha intromissão. A vontade que eu tinha era de me lançar ao chão. Juro, cogitei, pois minhas pernas fraquejaram em instantes. Contudo, graças a Deus, o cômodo era a menos de dois metros.
Assim que abriu a porta, me deparei com a cama sem lençol, e Steve me empurrou sobre o colchão.
- Ai, seu doido! - esbravejei, eufórica, ao me ajeitar.
Ele se achegava e eu engatinhava até a beira da cama. Enxerguei na junção do abdômen com a virilha a frase que me aguçava a libido, "Fuck you". Então, de quatro, a lambi. O tatuado emaranhou uma de suas mãos em meus cabelos e estendeu seu pênis para frente. Elevei meu olhar, sorrindo maliciosa e o ataquei. Passei a minha língua por toda extensão, sobre as veias sobressalentes, antes de chupar vagarosa apenas a cabecinha. Senti o gosto do pré-gozo e a ansiedade aflorar em nós dois. Após alguns minutos, Steve bufou com um semblante chateado. Eu sabia o motivo, permanecia concentrada naquela região por um período maior do que esperava. Logo, ameaçou mover minha cabeça para baixo, a fim de me fazer engoli-lo.
- Se fizer isso, juro que não vou te dar! - confrontei, cheia de marra. Seus olhos arregalaram, depois, amedrontado, soltou meus cabelos. - Acho bom mesmo...
Confesso, só queria ganhar tempo para introduzir a fartura de Steve em minha boca pequena. A seco não rolaria, tinha que ir com calma, ganhando confiança. No fundo, no fundo estava receosa, temia engasgar.
E quando finalmente o devorei, ele desarmou, apoiou suas mãos em meus ombros, arqueando a cabeça para o alto. Observei o seu peitoral se mexendo abruptamente e o admirei durante o sexo. Não resisti, alisei de baixo a cima as reentrâncias definidas, o que o fez me parar.
- Onde está a camisinha? - perguntou, arfante. Peguei o pacote sobre a cama, sentei na ponta do colchão e o abri com cautela, usando os dentes. Retirei da embalagem e o vesti. Senti que era encarada e sorrindo, tímida, o mirei. - Disse que iria sentar muito em mim...
- É, eu disse...
- Tudo bem. Mas vou começar do meu jeito.
O tatuado se inclinou, apoiou os punhos sobre a cama, me mantendo entre os seus braços. Toquei o seu rosto, que ficou pertinho do meu. Steve acariciou meus lábios com o nariz, ao passo que se deitava sobre mim. Primeiro, colocou minha perna direita por cima de seus ombros, em seguida, a esquerda. Eu não fazia o tipo de menina alongada, não ia à academia e me recusava a correr para pegar um ônibus, pois ficava com falta de ar. Estaria ferrada no próximo dia.
Então me beijou no momento em que se introduziu com cuidado. A posição me fez senti-lo por completo. Arfei, agarrando os seus braços. Ele me olhava diferente, tinha um ar gentil e avassalador. Steve foi se erguendo, deslizando a língua pela aréola de um dos seios que segurava e chupando o bico ereto.
- Você é gostosa... - disse, antes de empurrar com força. Gritei, ele grunhiu, ficando de joelhos, mantendo minhas pernas apoiadas em seu peito.
Eu gostava do Steve. Gostava de como me enaltecia.
- Você também é muito... - Quase revelei meus pensamentos.
- Ah, Sophie, o que eu preciso fazer para terminar essa frase? - perguntou, se retirando de dentro de mim.
- Putaquepariu! - esbravejei.
- O que foi?
- Vai me largar aqui? - Tive medo. A pegada daquele homem era fantástica.
- Não. Está louca? - Gargalhou, fofo. - Vira! - Fez o gesto redundante com a mão.
Assim que fiquei de quatro, Steve se colocou. Ele cravou os dedos em meus quadris, e eu tentava me firmar, cravando os meus no colchão.
O ritmo era intenso, mas não havia constância. O tatuado me surpreendia me fazendo revirar os olhos. E quando seus dedos entraram em ação, eu me rendi. Tombei, mas ele não me deixou. Com o corpo estirado sobre o meu, me via afagada. Estava tão carente ou havia encontrado alguém que me fizesse sentir especial? Steve chupava o lóbulo da minha orelha, quando, trêmulo, repousou o rosto entre meu pescoço e ombro. Queria abraçá-lo, confortá-lo enquanto o prazer o visitava. Aquele hálito quente, a respiração lutando para voltar ao normal, os sussurros descontrolados e os pés contraídos que se esbarravam no meu... Essa experiência, tinha que viver de novo.
- Acho que estou me libertando - disse, repentino, caindo para o meu lado na cama.
- De quê? - Virei para ele.
O aspecto na face me deu a entender de que a reflexão saiu sem querer. Steve não me respondeu, simplesmente procurou um espaço em meu peito para repousar a cabeça. Então compreendi que o mais correto seria perguntar "de quem?" Óbvio que se referia a ela. A garota que o perderia.
- Em falar na Carol... - instiguei, e ouvi a sua bufada. - Me conta, não sou ciumenta. O que aconteceu entre vocês naquela noite? Fala, por favor.
- Sophie, Sophie... Você não tem cara de que guarda segredos. E se isso chegar a Carol, tenho certeza de que ela vai surtar...
Será que... Não, não é possível que... Eles não trans...
- Bom, já estou preparado. - Ergueu o olhar. Dispersei-me imaginando possibilidades para o surto da minha amiga.
- Preparado?
- É, Sophie. Vem sentar em mim... Preciso te conquistar nesse final de semana e recuperar a minha estima, já que você a destruiu. - Gargalhou, lindo.
Mordi o lábio, encantada.
Carol, fica tranquila que cuidarei muito bem do seu amigo tatuado. Ah, se vou...
Espero que vocês tenham matado a saudade do tatuado. Em breve teremos outro romance no ar. Beijos! Saudades de vocês!🥰
Obrigada pela leitura.
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CONTO ERÓTICO - O QUE ELA PERDEU
Short StoryCONTO ERÓTICO Spin-off de NEM NOS MELHORES SONHOS com o nosso TATUADO FAVORITO, Steve.