17,6 CENTÍMETROS (SOPHIE)

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- Vai, Sophie. Primeiro as damas.



- Não sou muito ligada nessas coisas de "damas e cavalheiros", mas pode ser... - Semicerrei os olhos, me sentindo vitoriosa. - Então... Essa pergunta está entalada na minha garganta antes mesmo de te conhecer. Nem consigo dormir direito por causa dela.



- Que isso, exagerada? Manda, então.



- Vou perguntar. Mas primeiro, temos que acordar uma coisa... Acha que a gente deve escolher a roupa que vai ser tirada um do outro?



- Boa... A gente escolhe. Vai ser mais interessante.



- Está bem. Eu quero que tire a camiseta.



Steve se olhou e disse: - Ok, mas...



Não esperei a conclusão, logo interrompi: - O que aconteceu entre você e Carol naquela noite em que quase transaram?



- Ué? Já respondeu. A gente quase transou - falou, óbvio.



- Isso eu sei, né? Quero detalhes, cara.



- Por quê? Sente tesão nessas coisas?



- Não! - Exaltei-me. - Quer dizer, nem sei. É que não colou comigo aquela história do choro da Carol, de na hora "h" ela pedir pra parar...



- Ela te contou sobre o choro? Ela te conta tudo? - Mostrou-se intrigado. Cogitei que me interrogaria sobre os sentimentos da minha amiga por ele. Boy apaixonado é foda.



- Nem tudo, Steve... - desconversei. - Agora, em relação a essa noitada de vocês, tem que haver algo a mais. Com certeza não chegaram em casa e ela já foi te rejeitando. Teve toda uma preparação.



- Claro, detetive. Teve outra coisa antes. Na verdade, outras coisinhas...



- O quê? Conta, conta... - apressei-o, me remexendo no assento.



- Não. Vou te deixar curiosa.



- É sério, Steve? É um jogo, esqueceu?



- Não me esqueci... Mas existe a opção de me negar a responder. Inclusive, quero usar dela para te fazer admitir que ficou caidinha por mim assim que me viu.



- Ahn? Como assim... Uma pessoa convencida é um saco, ainda mais quando não se tem motivo. Steve, já disse, esperava mais de você.



- Sei. E como esperava que eu fosse?



- Que fosse... Ei! Calma aí. Está fazendo a pergunta e nem cumpriu com a regra. Tira a blusa, garoto.



- Tudo bem. Como quiser, Sophie.



Steve lançou uma piscadela, e eu compreendi o que desejava. Via-me, de fato, caindo em suas garras ao implorar por sua nudez. Eu não gostava de perder disputas, nem de admitir que estava errada. Entretanto, seria impossível não me retratar depois de assistir o tatuado levar o braço para trás do pescoço e arrancar a camisa pela gola, exibindo em clima de suspense os primeiros desenhos estampados sobre o abdômen definido.



Suspirei antes de engolir em seco. Peguei uma almofada ao lado e cobri os meus mamilos tesos, a fim de evitar que percebesse a prova de excitação que exibia à sua frente.



Ele estava sentado... Ou melhor dizendo, jogado no sofá, com as pernas abertas, bem convidativo. No rosto com uma sobrancelha levemente elevada esboçava um semblante sarcástico que se completou com uma atitude precipitada. Steve desprendeu a braguilha da calça.



Ai, meu Deus!



Foi complicado, para mim, disfarçar o descontrole. Precisei ajeitar minhas pernas cruzadas, após sentir a umidade tomar conta da calcinha. A quem eu queria enganar? Ah, Steve, Steve... Você é gostoso pra caralho!

CONTO ERÓTICO - O QUE ELA PERDEUOnde histórias criam vida. Descubra agora