Capítulo 12 || Dançando no Escuro

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" Querida, eu estou dançando no escuro, com você entre os meus braços "

— Perfect - Ed Sheeran

•••

Robert Williams, o pai da Megan.

Ah, meu Deus. O que eu faria agora? Se o pai de Megan me reconhecesse, Megan descobriria que eu menti sobre onde eu trabalhava. E o pior, se o pai dela me visse com Jackson Mancini, o maior narcotraficante do país, seria bem provável que eu virasse seu próximo alvo, se ele realmente tivesse tentado matar Micaela.

Agarro o braço de Jackson com um pouco mais de força e aponto para uma mesa que está fora da visão de Robert. Há um grande vaso de planta, tampando a mesa.

— Podemos nos sentar naquela? — pergunto.

Jackson assente.

— Tudo bem.

Caminhamos até à mesa e quando paramos de frente à ela, Jackson tira uma cadeira para que eu me sente. Eu me seguro a barra do vestido e me sento, vendo Jackson puxar uma cadeira para si.

— Você bebe? — pergunta.

— Sim.

Ele acena com os dedos para um garçom que logo deixa duas taças de champanhe em nossa mesa. Pego uma e dou um gole. Arregalo os olhos ao sentir o gosto. Isso que é champanhe de verdade.

Provavelmente eu nunca teria outra chance de provar um champanhe tão caro, então aproveito cada gole desse.

— Eu vou ter uma conversa importante com um homem hoje. Quero que você se mantenha calada na presença dele, e que continue a fingir que estamos juntos — diz Jackson.

— Por quê?

— Sem perguntas, docinho. Dessa vez, você precisa apenas me obedecer, sem questionamento. Você pode fazer isso?

Engulo em seco, sentindo um frio na barriga pelo medo do que poderia acontecer.

— Posso.

Jackson estende a mão para mim e eu o olho, sem entender.

— Vem cá — ele diz isso com a voz calma, o que faz eu me assustar ainda mais. Encaro fixamente a mão dele estendida para mim e reflito se devo ir ou não.

Por fim, decido segurar sua mão e me levantar da cadeira. Ele me puxa para mais perto, e, então, segura a minha cintura, me puxando para baixo, até que eu caia em seu colo. Meu coração bate como um trovão assim que sinto o corpo dele debaixo dê mim.

Eu estou sentada no colo de Jackson Mancini.

Ele me puxa mais para cima com a mão que está na minha cintura. Eu automaticamente coloco minha mão no ombro dele, tentando não cair.

Me avise se eu estiver indo longe demais — diz Jackson, enquanto eu ainda estou em estado de choque.

Ele age como se isso não fosse nada demais. Como se a gente tivesse intimidade o suficiente para fazer isso. Eu sei que concordei em fingir estar namorando ele, mas eu não imaginei que chegaria à esse ponto. Estou prestes a pergunta que porra ele está fazendo, quando um homem alto, com os cabelos grisalhos, se aproxima da mesa.

— Caladinha — Jack sussurra no meu ouvido, fazendo com que um calafrio passe pelo meu corpo.

O homem chega até a nossa mesa e puxa uma cadeira para si. Ele estende a mão para Jackson.

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