❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟒

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     AO SE DEIXAR ser guiada pela cidade por Caius, Emilly não imaginou para onde ele a estaria levando

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     AO SE DEIXAR ser guiada pela cidade por Caius, Emilly não imaginou para onde ele a estaria levando.

     Claro, sua mente fértil pensou em algumas opções assustadoras, por exemplo, matá-la de uma vez como forma de descontar a raiva que sentira a pouco, ou apenas sugar seu sangue até a morte, mas nada disso parecia condizer com a expressão no rosto do homem.

     Independente de onde ele fosse levá-la, não seria para machucá-la.

     Eles passaram por vários becos e vielas escuros e vazios, iluminados apenas por uma ou outra arandela vintage fixadas nas paredes de pedra. Se usasse a imaginação, Emilly conseguiria ouvir sussurros a alertando sobre usar aquele caminho, mas novamente, não sabia para onde estava sendo levada.

     Não que ela estivesse realmente preocupada com isso. Por alguma razão desconhecida, sua atenção estava voltada para o toque da mão fria de Caius na sua. Ela era dura, quase como mármore, e não havia qualquer vestígio de maciez — possivelmente pelo tempo embanhando espadas. Mas algo naquele simples gesto a deixara sem reação. Sua mão estava sendo segurada, mas ela não apertava a dele. Deveria fazer isso? Ou não fazer nada?

     Quando ambos pararam, Emilly ergueu o olhar, encarando a velha, empoeirada e pequena porta escondida no fim de um beco sem saídas ou janelas nas paredes.

— Ninguém vem para esses lados. — Caius falou, soltando a mão da mulher e abrindo a porta, que rangeu alto.

     Apesar de sentir a falta do toque frio, Emilly fechou a própria mão, mantendo-a junto de si, acima do peito. Ela olhou para o vampiro por um momento, antes de dar alguns passos hesitantes em direção a passagem. Ao passar por ela, se inclinando para frente para fazê-lo, a Richards arregalou os olhos, desacreditada com o que via.

     Esperava entrar em uma casa tão velha e empoeirada quanto a porta, porém, a surpresa lhe invadiu quando viu as árvores, os arbustos e flores — em sua maioria brancas, apenas poucas roxas, além de alguns poucos insetos voando de uma para outra.

     Por Dieu..., Emilly pensou, entrando por completo e olhando ao redor. Sua boca se abriu, mas sem qualquer coisa para dizer. Deveria ter trazido minha câmera...

— Comme ça... c'est... — murmurou em francês. Como isso era possível?

— É fácil encontrar um lugar assim quando se vive no mesmo lugar por mais de mil anos. — Caius respondeu indiferente — Só precisei de algumas sementes.

     Emilly se virou para ele com os olhos arregalados.

Você fez isso sozinho?

     Ele apenas deu de ombros, andando pelo local e seguindo um caminho específico. Ela o seguiu, ainda olhando ao redor encantada — até girando no lugar uma vez, ansiosa para ver tudo. Era quase uma floresta ao ar livre, e não podia deixar de se perguntar como um lugar tão bonito como aquele estava escondido entre paredes e muros de pedras.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora