EMILLY | CAIUS VOLTURI
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𝓔𝓶𝓲𝓵𝓵𝔂 𝓡𝓲𝓬𝓱𝓪𝓻𝓭𝓼 tinha três paixões em sua vida. A primeira era viajar independente do destino; a segunda, trocar de visual; e a terceira, tirar fotos com sua polaroid.
Em seu vigési...
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Volterra, Itália Agosto de 2016
APESAR DE SER pequena e muito antiga — tendo sido construída no início do século onze depois de Cristo — e pouco conhecida, Volterra conseguia seduzir os turistas facilmente.
Sua elegância e simplicidade do século dezoito faziam todos ficarem encantados com o lugar. Os sítios de alabastro também chamavam a atenção, assim como os objetos produzidos e comercializados através do material. Não era a toa que o lugar era chamado de terra do alabastro.
Com um enorme sorriso no rosto, Emilly passava pelas poucas pessoas com um grande entusiasmo, se revezando entre o celular e a polaroid para tirar as fotos. As construções de pedra restauradas ao longo dos séculos, as feiras típicas, tudo lhe chamou a atenção. Logo ela já estava distante do restante do grupo com quem fora para lá, mas estava fascinada de mais para se importar com aquilo.
Após passar por alguns becos vazios que a lembravam dos filmes históricos que assistira, ela se viu na praça central, onde todo o sol parecia se iluminar ainda mais. Havia uma fonte, e várias outras construções ao redor, dentre elas uma enorme igreja não mais utilizada. Seu tamanho chegava a ser intimidante, e no topo de sua altura havia uma cruz que deveria ter aproximadamente o tamanho de um ser humano.
Emilly usou a câmera polaroid para tirar uma foto da cruz refletindo o brilho do sol, dando-lhe um aspecto ainda mais vintage. Quando ela olhou para e direita, arregalou os olhos com a segunda construção. Não era tão larga como a primeira, mas ainda conseguia ser mais alta, com uma enorme torre que possuía um relógio e um sino no topo.
O restante da construção era provido de diversas janelas pequenas arredondadas na parte superior, e apenas um par de portas duplas de madeira na frente. Curiosa, ela tirou duas fotos, uma com a polaroid e outra com o celular.
Olhando ao redor, procurou por alguém que pudesse informá-la.
— Ahn... mi scusi — ela falou, alcançando um homem que passou por perto — Que construção é essa?
O homem, de estatura média e cabelos escuros bagunçados, olhou por um momento para aonde apontava. Depois sorriu para ela.
— É o Palazzo dei Priori — respondeu, usando sotaque italiano ao falar em sua língua — E estamos na Praça dei Priori.
— Mas isso não fica na Perúsia?
Emilly havia estudado um pouco sobre a Itália antes de viajar, e ela poderia jurar já ter ouvido o nome do edifício, mas como um museu em outra cidade.
O homem riu alto.
— Aquele é outro. Este é o verdadeiro dei Priori — explicou — Dá para ver a torre por dentro.
