A Priestly Errada

Uma proposta de diamantes

— Miranda, eu não sei o que está acontecendo mas uma coisa é certa, você vai perder Andrea se continuar assim.

— Nigel por favor, não estou com humor para ser julgada.

— Você pelo menos já conversou com ela? Estou preocupado e ela mal tem falado comigo.

— Já que está aqui você podia ser útil e chamar ela para conversar. Andrea não quer falar comigo, não atende e nem respondeu minhas mensagens.

— Eu não acho correto fazer isso, você que deve falar com ela, não eu.

— Não seja ridículo, eu não disse para você falar com ela.

— Oh entendi, posso pedir que ela vá para minha casa. Mas vai ter que ser agora porque mais tarde vou receber uma visita. — o editor falou já ligando para Andrea

— Alô Andy, eu estou passando mal por favor venha para minha casa agora eu preciso de ajuda! — sua atuação instantânea deixou Miranda franzindo a testa até terminar a ligação

— Não considera fazer uma audição para Julieta? — disse a directora já de pé com os óculos de leitura na mão — Bastava pedir que ela fosse a sua casa.

— Você não vai entender. Leva a chave, se eu conheço a Andy, ela deve estar saindo do trabalho para minha casa e seria bom ela te encontrar lá. — Miranda não hesitou em buscar seu casaco e a bolsa

— Se isso der certo venha levar um escocês. — disse colocando seus óculos escuros

— 18 anos?

— Balvenie 17 anos, aposto que não tem.

— Venho sim, nós precisamos conv... — a fala de Nigel morreu no mesmo momento em que o elevador fechou

Miranda havia feito um ótimo trabalho em chegar cedo a casa do seu amigo. Colocou o casaco onde devia e atirou a bolsa no sofá. Tentou sentar-se mas estava inquieta, andou de um lado para o outro, até abriu a geleira mas a única coisa que chamou sua atenção foi a máquina de café uma geração que o Nigel se gabou por ter comprado.

A campainha tocou com certa pressa, Miranda abriu deixando-a entrar e trancou antes que Andrea percebesse tudo e desse meia volta.

— Miranda? — Andrea parecia surpresa — O Nigel, o que aconteceu?

— O Nigel está bem. Eu que pedi para ele trazer você para aqui.

— Claro que sim. — disse Andrea dirigindo-se a porta — Mais uma mentira, eu preciso ir.

— Hey, Andrea. Você não está querendo falar comigo, nem se deu o trabalho de ouvir meu lado da história. — seu objetivo era numa primeira fase convencer a mais nova a ficar

— E o que você vai me dizer Miranda, que você estava feliz e ele estava por perto? — o olhar de Andrea era desafiador, seus olhos estavam marejados e continham uma certa decepção, podia dizer Miranda ao finalmente entender o que havia causado

— Andrea por favor sente-se e me escuta. — a mais nova obedeceu em contragosto — Primeiro, perdoe o Nigel, ele só queria me ajudar, — começou Miranda depois de se sentar também — eu sei que está muito triste comigo e eu nem sei por onde começar a me explicar.

— Que tal começar me dizendo de quando são essas fotografias? — as mãos de Miranda haviam começado a suar

Pela determinação, a directora soube naquele momento que a mais nova tinha informações suficientes para rebater qualquer mentira e ela não tinha escolha a não ser dizer a verdade.

— Isso foi logo depois do sequestro de Caroline, ela já estava em casa e eu precisava conversar, só isso, você não estava falando comigo e eu estava confusa sobre algumas coisas e queria alguém para conversar. Eu prometo a você que isso foi uma surpresa eu não sabia que ele me beijaria, ainda mais em público, eu só fiquei parada, mas não passou disso. Ficamos no restaurante conversando, então eu disse a ele que eu estou namorando e depois eu vim aqui conversar com o Nigel, que devia ter sido minha primeira opção.