Andrea 0.3

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— Eu não sei se eu quero ser o segredo da Miranda. Imagina se a imprensa descobre, cria um escândalo e ela perde o contrato e sabe-se lá mais o que.

— Andy meu bem, isso não é preocupação para agora. É horrível ser segredo de alguém, não ser assumido por quem amamos ou ser amante, acredita em mim, eu sei. Mas não é o caso, ela podia ter dito que não está num bom momento para sair com alguém mas ela quer arriscar tudo aquilo com você.

— É isso, muita responsabilidade, e se eu colocar tudo a perder? Estar com Miranda é o que eu mais queria e agora me sinto incapaz de aguentar toda carga que virá...

— Até ontem você teria arriscado muita coisa para ter essa mulher mesmo sabendo toda carga de namorar com ela, e agora que conseguiu você não se sente capaz?

— Eu não estou fazendo sentido nem para mim.

— Sabe o que eu acho Andy, você está com medo de ser "a namorada da Miranda Priestly" e está surtando. — em resposta, a jornalista deitou-se no seu sofá e cobriu seu rosto com uma almofada liberando um grunhido preso nos seus pulmões a um tempo — Eu sabia, olha para você, não dormiu quase nada, fez a mesma coisa quando trocou de curso e não sabia como contar a sua mãe, lembra?

— Lembro, tive pesadelos por dias e só tive paz quando contei, se é que podemos chamar de paz o discurso da minha mãe sobre o meu futuro perdido.  — sorriu de lado com uma lembrança — Ontem eu disse para Miranda me beijar e ela me obedeceu, naquele momento estava tão segura de mim, da minha capacidade de fazer ela feliz, mas depois eu acho que minha ficha começou a cair e muitas questões começaram a vir, será que eu vou conseguir Doug? Será que serei boa o suficiente para ela? Será que ela vai me amar assim como sou ou terei que completamente me adaptar ao seu mundo até não me reconhecer mais?

— Para de viver o amanhã e aproveita o hoje. Na tua cabecinha vocês já tiveram brigas e já estão terminando, não é assim que as coisas funcionam. Não deixa tua mente te enganar, era para estarmos comemorando com champanhe e gritos e saltos na sua cama.

— Eu não sei, talvez eu seja só covarde.

— Andy você não é nada disso. — Doug puxou a amiga para se olhar no espelho e arrumou seu cabelo — Olha para você, você é um 10 que ficaria 12 com um banho e um pouco de gliter e lápis, isso não é para qualquer uma. Miranda escolheu você, mais ninguém, só você pode ver ela tendo orgasmos, e ela quer ser a única que vê os seus, entende que ela também tem o previlégio de te ter? — a jornalista acenou e sorriu — E não vai me estragar tudo logo agora que conseguiu, não não meu bem. Eu vou ser das relações da Priestly Targaryen, nem que eu tenha que te sacrificar para isso.

— Você acha que tenho que parar de comer churros? Caroline não gosta e Miranda deve odiar.

— Se você parar de comer churros eu vou ficar muito preocupado. — Doug havia conseguido arrancar risos da jornalista sem muito esforço — Falando em Caroline, como vão as coisas? Não ficou estranho entre vocês hm?

— Ai D, depois daquele quase beijo eu me desculpei, e ela disse que eu devia lutar por quem eu amo...

— Essa menina é muito profunda. Por acaso essas dúvidas todas não tem nada a ver com a Priestly menor?

— Não. Já falei que não tenho esses tipos de sentimentos pela Caroline. Eu acho que fiquei confusa por causa da maneira amorosa como ela me trata e por um mísero segundo eu confesso que quis, mas me arrependi na hora porque não queria magoá-la, ela é diferente sabe, especial. E é importante dizer que ela nunca disse que gostava de mim assim como Miranda nunca me pediu em namoro.

— Querida eu acho que ela pediu sim e você vai responder, pega logo esse celular e liga pra ela. Vamos acabar com essa agonia, eu e minha empatia estamos ansiosos por um sim. — falou entregando o celular a amiga que ficou de pé e arrumou o cabelo para ligar

A Priestly ErradaOnde histórias criam vida. Descubra agora