Baby, eu sou seu. E eu serei até que o sol não brilhe mais. Seu até que as rimas dos poetas se esgotem. Em outras palavras, até o fim do mundo.
—Baby, i'm yours, Arctic Monkeys.
"Baby i'm yours" do Arctic Monkeys tocava baixinho na caixinha de som que Momo havia levado. E, além da música, gritos e gargalhadas também se juntava ao clima sonoro enquanto Momo corria atrás de Dahyun com uma mangueira jorrando água para todos os lados sobre a grama e sobre elas que já se encontravam enxarcadas.
Isso porque após colher todas as frutas que precisavam, Momo explicou que deveria colocar água no balde junto as frutas e pisa-las durante alguns minutos até que a água virasse um escuro suco vermelho. E é claro que elas brincaram mais do que conseguiram fazer o que realmente deveria terem feito, resultando em lençóis avermelhados pendurados no varal e as duas enxarcadas depois de um divertido banho de mangueira. Dahyun achou que nunca tivesse sido tão feliz como naquela tarde.
E nunca foi.
Não quando tinha sua mãe, ela era tudo em sua vida, mas a prendia em um conto onde todos a fariam mal. Momo nunca fez nada.
Lá pelas quatro e meia da tarde, as duas meninas estavam no quarto da mais nova. Dahyun se deliciava com um pirulito enquanto folheava revistas e Momo a encarava com um sorrisinho feliz. Seus olhos analisam cada detalhe dela, desde os olhinhos que fechavam sempre que sorria até seu pescoço pálido, no momento contendo um colar de balas que Momo havia feito para as duas. Ela olha para o seu próprio, agarrando uma das pastilhas e comendo.
— Você está comendo seu colar? — Dahyun a olha espantada. Momo sorri.
— Sim, experimente. É bom!
Sem hesitar, Dahyun obedeceu, agarrando seu colar e comendo uma das pastilhas, arregalando os olhos em seguida.
— Woah! É gostoso.
Momo concorda com uma risadinha e se vira para pegar uma caixinha pequena, alcançando uma paleta de sombras. Ela se aproxima com cautela e senta sobre os joelhos. Com o dedo ela passa sobre a cor rosa e indica que Dahyun deve fechar os olhos, o que é concedido no mesmo instante. Assim que ela se afasta novamente e dá uma olhada por todo o rosto de Dahyun ela se encanta outra vez.
— Linda... — Dahyun abre os olhos devagar ao ouvir o sussurro e encontra Momo a sua frente com um sorriso sincero nos lábios. Isso era novo. Ser elogiada dessa forma, era diferente de quando sua mãe lhe dizia, era mais intenso, de forma distinta a um elogio maternal. Dahyun gostou secretamente daquilo.
Sem pensar duas vezes, Momo se levantou rápido e correu até sua mochila do outro lado do quarto, de onde ela tira uma câmera polaroide, voltando até Dahyun e sentando ao seu lado. A loira franze o cenho e observa quando Momo se inclina para ela, afastando a câmera para trás e fazendo uma pose, Dahyun sorriu antes de imitá-la.
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Amarelo Como o Sol|DahMo
Fanfic[CONCLUÍDO] O mundo lá fora é um completo desconhecido para Kim Dahyun, de 17 anos, que passou sua vida inteira entre os limites da reserva de uma cidade pacata no interior de Seul. Presa em uma propriedade remota após a morte de sua mãe, ela fica f...