— Peguei tudo que pude antes que minha mãe acordasse — Momo contou, despejando uma sacola cheia de doces sobre o balcão da cozinha, Dahyun assistiu o tanto de coisas que estavam sobre o móvel, eram coloridas — Tem muitas coisas, tem bala, picolés e cookies. — Agarrou um dos saquinhos de biscoitos — Esses são muitos bons. Ah e tem-
— O que é isso? — a loira apontou para uma caixinha rosa onde havia a ilustração de morangos mergulhados no leite.
— Leite com morangos — respondeu, abrindo a tampinha — Quer um pouco?
— Leite com morango? — reafirmou, surpresa com aquilo. Momo assentiu levando a caixa até sua própria boca e tomando um pouco do líquido.
— É muito bom. Você vai gostar! — colocou a embalagem em sua frente, erguendo seu dedo indicador para ela — Prometo de fura-bolo!
Dahyun pegou a caixa em sua mão, erguendo a outra para tocar seu indicador em promessa. Respirando fundo, levou até a boca, murmurando em adoração quando o líquido aprazível entrou em contato com sua língua. Uau! Era melhor que morangos, era muito, muito, muito melhor que morangos, era gostoso e desconhecido. Como já havia provado sua teoria de que o desconhecido poderia ser agradável, fechou os olhos enquanto apreciava aquilo que apelidaram carinhosamente de leite com morango.
— Ei, ei. Cuidado para não se engasgar — Momo riu com sua euforia — Adivinha o que mais eu trouxe?!
Dahyun não tentou adivinhar, então Momo a levou para fora, junto de uma caixa de metal lilás e um pano enorme amarelo.
Amarelo como o sol.
Amarelo como o vestido que sua mãe usava naquele dia, quando entrou naquela água. Amarelo, amarelo, amarelo. Dahyun lembrou-se de quando sua mãe disse que cercas eram como as paredes de seu ventre. Disse que só poderia protegê-la se ela ficasse dentro de casa, longe de tudo e todos.
Momo forrou o pano sobre a grama verde, debaixo de uma árvore bem ao lado de casa, onde tinha uma sombra e o vento era fresco. Ela deitou de barriga para baixo, com os cotovelos no chão apoiando o corpo, Dahyun preferiu ficar sentada sobre seus joelhos ao lado. Momo abriu a caixa média, revelando várias pecinhas pequenas, parecidas com as pulseiras que ela usava.
— Eu que fiz — ela disse, tirando algumas pulseiras de dentro da caixa e os colocando sobre o pano, em frente a elas. Ergueu seu pulso, levantando a manga amarela de seu moletom, Dahyun reparou que ela sempre aparecia com um moletom diferente, mas sempre amarelo — Essas são minhas favoritas — tocou as pulseiras em seu braço, em duas delas tinham letras que formavam uma palavra — Corajosa e fodona. Vou vender no mercado ou algo assim. São minhas passagens para fora daqui.
— Onde você quer ir?
Momo deu de ombros.
— Para algum lugar. Qualquer lugar. — um silêncio ficou por dez segundos até Momo sorrir para a garota — Você gostou?
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Amarelo Como o Sol|DahMo
Fanfictie[CONCLUÍDO] O mundo lá fora é um completo desconhecido para Kim Dahyun, de 17 anos, que passou sua vida inteira entre os limites da reserva de uma cidade pacata no interior de Seul. Presa em uma propriedade remota após a morte de sua mãe, ela fica f...