Alice Kateman
hospital
09/09/2017Com a ajuda de um médico especializado, eu pude entender o que havia na autopsia, pelo o que parece, foi uma morte brutal. Ele havia sido "castrado" ainda vivo e asfixiado até a morte. O motivo para isso ter acontecido e quem foi o responsável por isso eu espero descobrir em breve. Consegui entrar em contato com alguns amigos de Owen e darei uma passada no local que ele esteve antes do horário da morte, uma galeria de arte.
Marquei encontro com Suzie Sinclair às 15h no café expresso e com Peter Blair às 17h na praça da esquina, os dois melhores amigos de Owen.
— Owen era uma boa pessoa Alice, não há como discordar disso, sempre esteve disposto a ajudar a todos e não vejo motivos para o que aconteceu com ele. Algumas horas antes do ocorrido eu e Peter estávamos com ele na galeria, olhamos muitas obras que estavam expostas e saímos para jantar. Ele estava normal e não parecia preocupado com nada, ele sempre parecia bem e confiante. - disse Suzie ao chegar na mesa de café, ela era loira de olhos verdes, estava com salto alto e já tinha a visto em fotos com a família de Owen. -
— Você nunca desconfiou que ele poderia estar escondendo algo ? ou talvez alguém que ele machucou, você realmente o conhecia inteiramente ?
— Conhecia como a palma da minha mão, claro que ele não me contava tudo, mas conhecendo sua índole ele nunca faria um mal tão grande para receber nessa moeda.
— Entendo. Você sabe de mais alguma informação que poderia ajudar nessa investigação ? alguém que não se dava bem com ele, que possuía alguma inimizade ou que teria qualquer motivo para querer o mal dele?
— Isso vai ser complicado, Owen sendo como ele era, obviamente tinha muitos inimigos, pessoas que invejavam o patamar que ele chegou. Ele tentava não dar bola, mas o mais comum era ele receber cartas com ameaças em sua casa, ele nunca achou que alguém realmente tentaria realizar alguma daquelas coisas, por isso não ligava e não entrou em contato com a polícia ou qualquer coisa.
— Ameaças de morte? algo realmente sério. Tem alguma ideia de quem poderia ter lhe mandado isso?
— Como falei, vinham de endereços e padrões diferentes, algo comum para quem tem muita fama.Eram 14:50 da tarde quando cheguei no parque para me encontrar com Peter, ele ainda não tinha chegado. A conversa com Suzie me revelou coisas que antes não estava ciente, creio que vou fazer um bom proveito dessas informações, tudo e qualquer atualização que eu tenho sobre algum caso, eu escrevo no meu caderninho de anotações.
Peter acabou de chegar, me cumprimentou com um aperto de mão e provavelmente ja devia ter pesquisado sobre mim para saber exatamente quem eu era. Ele é mais alto do que eu esperava, tem cerca de 1,90 com os cabelos escuros e uma barba curta, ele veio bem formalmente para um parque -de terno- imagino que devia ter vindo após sair de outro local.
— Eu e Owen sempre fomos muito próximos, posso afirmar que ele me contava quase tudo, ou pelo menos eu acho. O pai dele sempre o tratou superficialmente, como um amor frio. Além de ele ter tomado a responsabilidade da empresa após o pai ter se aposentado, era muita coisa pra ele, era notável que ele estava sobre pressão, ele parecia...
— Sim? continue.
— Nada demais, ele parecia bem.
— Tem certeza? acho que você estava prestes a falar outra coisa.
— Não não, só isso mesmo. Acho que já está na hora de eu ir embora.
— Mas você acabou de chegar, tem mais algumas coisas que eu gostaria de perguntar.
— Quem sabe em uma próxima vez. -disse ele já andando de saída.-
Ele com certeza não me contou tudo o que sabe, mas é só uma questão de tempo até eu descobrir.
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A hora do crime
Mistério / SuspenseNessa história de crime, Alice Kateman, uma jornalista que tem o trabalho de investigar o assassinato de Owen Olsen, um homem bem sucedido e um dos mais ricos de Miami. Nessa história, Alice descobrirá coisas muito interessantes que irá despertar a...