1 Cartas aos (des)apaixonados

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Estávamos em lados opostos do sofá, algo bem frequente nos últimos meses. Queria poder voltar ao começo, quando não existia nenhum espaço entre a gente, quando éramos nós...

Sim,

O tempo passou, mas não vamos culpá-lo por completo porque nós, e apenas nós, somos os verdadeiros culpados disso tudo ter acabado. A gente acabou se perdendo nesse labirinto que é a vida, e acabamos seguindo direções opostas. Apesar de saber disso, ainda dói (pra caralho) olhar nos seus olhos e ver eles implorando para eu pedir que você fique.

Dói porque eu te amei.

Porra! Como isso dói.

Acho que ainda te amo, é isto!

Amo desde o dia que te vi.

Amo mesmo que tenhamos soltado as mãos.

Amo tanto que estou abrindo mão de você.

Amo tanto que estou partindo o meu coração em prol do seu. E talvez, daqui a alguns anos a gente se esbarre, mais maduros e quem sabe... Ou talvez, você fique com tanta raiva de mim e esqueça tudo que vivemos, então vamos nos esbarrar e seremos completos estranhos. Bem provável que seja a segunda opção e não tiro a sua razão, está tudo bem.

Só queria pedir uma última coisa, antes que você saia pela porta. Por favor, me deixa com as lembranças de que isso aqui existiu, de que éramos reais e de que a gente nunca teve fim.

Cartas aos (des)apaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora