Capítulo Dois

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"As borboletas em meu estômago anunciam que estou primaverada por você."
Autor/a desconhecido;


Eu estava chateada

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Eu estava chateada.

Quero dizer, chateada é uma palavra leve, estou frustrada.

S/N ainda não me ligou ou mandou mensagem e já se passaram três dias desde que nos vemos pela primeira e última vez. Sim, passei pela famosa ressaca no sábado e foi um horror, para dizer o mínimo, mas o que me dava esperanças e fazia minhas dores diminuírem era o fato de que ela poderia mandar mensagem a qualquer momento.

Qualquer momento...

Ela parece que foi comprar cigarro e nunca mais voltou. E sim, eu estava criando expectativas. Nossa conversa na sexta-feira foi agradável ao meu ver, não entendo porque ela não iria querer falar comigo novamente. 

Para a minha total decepção, todas as mensagens que recebo são de caras dos quais dormi uma noite e querem repetir a dose. As desculpas para me safar estão se esvaindo, não sou obrigada a responder é claro, entretanto preciso dizer que as mensagens irritam, sim. 

Já deixo claro que não estou buscando relacionamento nenhum. Depois de tudo o que passei estou buscando nada mais, nada menos, do que relaxar e curtir minha vibe. Fico com os caras de boates para preencher o vazio que sinto de vez em quando, e é só isso. Mais nada.

Como falam por aí: não te quero na minha linhagem, caralho. 

Após meu término repentino de noivado, sumi dos holofotes por um tempo e sinto-me bem com isso. Às vezes, é bom tirarmos um pequeno período de tempo para nós mesmos, mesmo que isso seja feito a base da força.

Demorei para entender que precisava de uma pausa. Eu estava forçando a barra gravando músicas - não que isso seja algo ruim -, dando entrevistas e respondendo a perguntas desagradáveis que eu nem sequer sabia que estariam lá. Eu estava estressada. Com os neurônios estourando. Precisava me acalmar. Respirar...

Respirar é uma palavra que, para mim, não parece ter efeito algum. Sou aquele tipo de pessoa que está a cem por hora a todo momento, eu não diria que sou impulsiva. Sou sem paciência. E é por isso que estou quase comendo os dedos de tanta ansiedade. 

Se fosse qualquer outro, eu já teria mandado a bendita mensagem, mas fui idiota o suficiente para não adicionar o número dela quando dei o meu. 

Victoria tinha ido me visitar hoje. Combinamos de assistir a filmes de terror enquanto procrastinávamos em minha cama e bebíamos refrigerante. E era exatamente isso que estávamos fazendo agora. As luzes apagadas, muitas latinhas de refrigerante e vários salgadinhos, desde Lay's a Pringles.

"Droga!" Minha melhor amiga exclama ao se assustar com uma jumpscare do filme. Eu não chego a gritar quando tomo sustos em filmes, no máximo tremo o corpo. 

In the moment - Ariana/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora