Capítulo Vinte e Dois

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"Acho que me apaixonei... O que devo fazer?"
halley's comet - billie eilish

No dia seguinte, acordei com a luz do sol invadindo as persianas da janela

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No dia seguinte, acordei com a luz do sol invadindo as persianas da janela.

Meu corpo estava cansado graças a ontem, o que é irônico porque a única coisa que fiz foi deitar na espreguiçadeira e ler. Enfim, a preguiça continuava lá, ainda mais se pensarmos que é a porra de uma segunda-feira.

Não é segredo que este é o pior dia da semana para mim, principalmente depois de beber uma garrafa de espumante no dia anterior. Apesar de ter um baixo teor alcoólico em comparação a outras bebidas que tomo, meu organismo não costuma reagir bem da mesma forma.

Joguei os braços para o lado direito da cama, batendo em um dos travesseiros no processo. Minha primeira reação foi agarrá-lo como se minha vida dependesse disso. E, naquele momento, dependia.

Costumo ser uma pessoa muito carente pela manhã, e a única desvantagem de tudo isso é que não tenho ninguém humano para descontar toda essa carência matinal.

Abro os olhos após alguns minutos de puro silêncio, infeliz por não conseguir voltar a dormir. Volto a atenção para a parede branca à minha frente, olhando para ela por mais outros longos minutos.

Observei atentamente as pequenas luzes solares aparecerem e desaparecerem como se fosse a coisa mais bela do mundo. Eu estava tão concentrada que as lambidas de Toulouse na minha bochecha causaram-me um grande susto.

Lá estava ele. Focando em mim com aqueles olhos escuros e a cara fechada. Entretanto, ele parecia sério demais para alguém que acordara às duas da tarde. Ele deve estar com fome, igual a mim.

Ele se endireita e se senta graciosamente no colchão, bocejando e balançando o corpo inteiro. Viro-me em direção a ele, levanto as mãos e acaricio seu pescoço com as unhas, adorando as expressões de satisfação que ele começou a fazer.

Permanecemos nessa posição por um tempinho, até ele se cansar e sair da cama. O cãozinho fez seu caminho para fora do cômodo e, depois de escovar os dentes, fui obrigada a segui-lo. O plano inicial era tomar uma ducha agora, mas meus cachorros e meu estômago sempre vêm em primeiro lugar.

Enquanto meus pés desciam as escadas, percebi a bagunça que meu eu-semi-bêbada havia deixado em quase todo o andar debaixo.

Os acessórios e brinquedos dos meus animais estavam espalhados pelo sofá; a porta de vidro que dá acesso ao quintal estava entreaberta e meu precioso livro de 'O Mágico de Oz' estava jogado no chão. Por outro lado, na cozinha, os problemas culinários eram evidentes; as cascas das frutas que usei para fazer a salada de frutas estavam espalhadas pelo balcão, e quanto a louça, bom... nem quero chegar nessa parte.

Tudo estava um desastre total. Naquele momento jurei que nunca mais beberia nenhum tipo de espumante na minha vida - mas, cá entre nós, sabemos que isso não irá se cumprir.

In the moment - Ariana/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora