Capítulo Vinte

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"A aura dela é feita de poesia, rosas e galáxias."
autor desconhecido;

Na manhã seguinte, acordei com espécies de carinhos em meus fios

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Na manhã seguinte, acordei com espécies de carinhos em meus fios. Sim, eu dormi na casa dela.

Em algum momento, contrariando minhas vontades primárias, eu devo ter adormecido na cama dela graças às 'malditas' músicas de Lofi Hip Hop.

Ponho aspas já que, por um lado, acordar ao lado desta bela mulher teve sido parte de uma das minhas várias fantasias diárias. Mas pelo outro, é muita falta de educação e ela deve me odiar agora.

Seus dedos passeavam livremente pelos meus cabelos soltos, seu perfume gostoso invadindo minhas narinas e o tecido confortável de seu pijama fazia-me querer voltar ao mundo dos sonhos.

Sim, eu estava deitada sob ela. E não, deixar outros homo sapiens tocarem nos meus cabelos não é uma coisa corriqueira ou que eu goste, mas com ela simplesmente parece ser tão... normal.

Não raciocinei muito bem no primeiro momento, apenas murmurei algo incoerente enquanto aproveitava toda a situação de maneira silenciosa.

As cortinas escuras paravam a força dos raios solares e no fundo eu podia escutar o piar dos pássaros. O dia estava azulado e, eventualmente, quente pra caralho. Típico da Califórnia.

Sugar Holly permaneceu no mesmo lugar durante toda a noite. Ele observava tudo de longe, seus olhos escuros e deveras curiosos descansando sobre sua dona e eu. Nem queria pensar no que iria dizer para ele depois.

Quando acordei um pouco mais, minhas bochechas ficam quentes pela primeira vez no dia e meus ombros ficam tensos, para dizer o mínimo.

S/N pareceu notar, já que passou uma das mãos no meu ombro esquerdo e alisou, pensando que eu estivesse tendo um pesadelo.

Eu não fazia ideia de quanto tempo eu estava ali com ela, ou quanto tempo ela estava fazendo aquilo nos meus cabelos. O que eu sabia é que, lá nos tijolos da mente, eu adorava e daria de tudo para tê-la novamente assim.

Por longos dez minutos preferi não expressar nada em palavras. Eu não sabia o que falar ou como agir. Resumindo: eu estava tendo um gay panic.

Timidamente, eu envolvi meu braço em sua cintura e a trouxe para uma espécie de abraço, o qual ela recebeu e retribuiu. Acho que de toda a nossa relação de... amigas, essa foi uma das únicas vezes que tomei atitude para algo. Sinal que estamos evoluindo.

Certo?

Seja como for, fiquei mais um bom período aproveitando aquele abraço maravilhoso. Eu poderia acordar desse jeito pelo resto da minha vida, com toda a certeza do mundo.

In the moment - Ariana/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora