Ministério da magia
Segunda- feira, 1 de junho de 1998
A vida inteira de Draco passava por sua mente como um flash, todas as atitudes que ele teve, todos os caminhos que ele tomou e todas as coisas que lhe aconteceram até chegar naquele momento.
Sua última lembrança era do grupo de aurores cercando sua família no chalé onde vinham se escondendo na Escócia, eles realmente esperavam que fossem ser encontrados um dia, só não imaginavam que levaria apenas um mês para tal acontecimento. Não tiveram sequer chance de se defender e tentar fugir novamente, eram três contra muitos.
E sinceramente, ele sequer tentou se defender.
Draco passou todos os dias desde a guerra querendo se entregar. A culpa corroía até a parte mais funda de seus ossos. Seus ombros carregavam o peso de todas aquelas mortes, principalmente, as mortes das pessoas que ele conhecia e com quem ele conviveu por seis anos.
Ele sequer teve a chance de viver o luto pela morte de Goyle, foi tudo rápido demais, num segundo seu amigo estava do seu lado, no outro, foi engolido pelas chamas diante de seus olhos. Ele não conseguia superar a morte de Blaise e se arrependia constantemente da forma como falou com Millicent no dia do enterro do menino. Ele acredita que foi naquele momento em que o arrependimento se instalou em seu coração e desde então, ele nunca mais saiu.
Um flash de câmera diante de seus olhos o fez voltar a realidade, o novo ministro da magia, Kingsley Shacklebolt, tomava seu lugar mediante todos seus conselheiros e a corte ficou de pé.
Draco se levantou por instinto, ele via e ouvia, mas não se sentia presente naquele momento. Naquela manhã, seu pai havia sido sentenciado a vinte anos de prisão em Azkaban e a menor das possibilidades que o mesmo lhe acontecesse o deixava apavorado.
Draco foi levado à frente do Ministro, suas mãos estavam presas e seus pés acorrentados de modo que ele conseguisse caminhar, mas fosse impedido de correr. Ele deu uma última olhada para trás, buscando os olhos de sua mãe, ela assentiu em uma forma silenciosa de dizer que tudo acabaria bem. Ele duvidava disso, mas se sentiu reconfortado de qualquer maneira.
— Senhor Draco Lucius Malfoy, por seus crimes contra o mundo mágico, por associação aos comensais da morte e pela tentativa de assassinato de Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore, o sentencio a 12 meses sem sua varinha, não poderá ter acesso ao mundo mágico nem nada que o envolva, terá de viver entre os trouxas e como um deles. – As pessoas que assistiam ao julgamento exclamaram em surpresa, enquanto o horror na expressão de Draco deixava claro que ele não esperava por aquilo. – Sua nova moradia já foi providenciada pelo ministério, dispositivos de detecção magica foram instalados, com três faltas o senhor será diretamente enviado a Azkaban como seu pai. Também lhe foi arrumado um emprego, como parte de sua penitência. As novas medidas entram em vigor imediatamente.
— Senhor... – Draco exclamou com a voz trêmula. – Meritíssimo, eu não faço idéia de como o mundo trouxa funciona, como eu vou conseguir viver nele?
— Terá as ajudas necessárias, não se preocupe com isso, lhe designamos um tutor que irá acompanha-lo durante o próximo ano. – O ministro bate o martelo.
As algemas de Draco foram retiradas e o mesmo caminhou para os braços da mãe, completamente perdido e sem saber o que fazer. Todos os seus anos desdenhando da cultura trouxa decairiam sobre ele a partir daquele dia, mais uma vez o arrependimento o preencheu por ter passado anos se recusando a fazer a matéria estudo dos trouxas quando estava em Hogwarts.
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𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄 ▪︎ Draco Malfoy
FanficDANÇA COMIGO | Após a guerra, Draco Malfoy recebe sua sentença, 12 meses no mundo trouxa, sem varinha, sem magia, sem ninguém... Parte de seu novo estilo de vida é seu trabalho na Academia Belas artes de Londres, onde ele se torna assistente de Mal...