Capítulo 3: Vizinhos

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Mallory não podia estar mais certa, a adaptação estava longe de estar sendo fácil para Malfoy. Ele achava as crianças muito escandalosas, que Mallory estava sendo muito exigente e que a cabine era quente como o inferno. O karma estava sendo severo em seu ponto de vista.

Sua hora preferida do dia foi a hora de ir embora, por mais que ele não fizesse idéia de como voltar para seu apartamento. Marvin havia explicado sobre os taxis e havia lhe dado um pedaço de papel com o endereço do edifício que Draco agora estava morando.

Malfoy se sentia jogado em alto mar sem um colete, afundando mais rápido a cada segundo.

Draco e Mallory saíram da academia ao mesmo tempo, mas ela não queria que ela notasse o quanto ele estava perdido, então deixou que ela fosse na frente.

Malfoy perdeu cerca de meia hora tentando chamar um taxi pra casa, nenhum deles o levava a sério quando ele tentava os chamar, até porque, sempre que um se aproximava um pouco ele recuava como se estivesse com medo de ser atropelado mesmo estando na calçada. Mas em determinado momento uma alma boa parou e o deixou entrar.

Quando a corrida acabou, Draco estendeu uma nota ao motorista e saiu do taxi, entrando em seu edifício.

— Ei rapaz, o seu troco! – O taxista gritou pela janela.

— Troco? Hãn... Não, não quero, obrigado. – Draco negou.

— Rapaz, são cinquenta libras! – O motorista parecia surpreso.

— Pode ficar. – Draco deu de ombros.

— Deus te abençoe, meu jovem. – O home sorriu antes de arrancar com o carro.

— Quem?? – Draco se questionou confuso. – Essas pessoas, são muito estranhas.

Malfoy em fim conseguiu entrar em seu edifício, deu um breve aceno ao porteiro e apertou o botão do elevador. Quando a porta fez menção de fechar, Draco ouviu do hall de entrada alguém exclamar.

— Segura o elevador!

Draco pensou que algo estava acontecendo, então se segurou nas paredes do elevador, enquanto o porteiro se aproximou da porta impedindo que a mesma se fechasse. Segundos depois uma figura já conhecida entrou no local.

— Tá me seguindo? – Draco questionou ainda segurando nas paredes do elevador, como se estivesse pronto para escala-lo a qualquer segundo.

— Oi? – Mallory se virou pra ele com uma feição confusa. – Malfoy? O que faz aqui? E porque está abraçando a parede do elevador?

— Estou indo pra casa. – ele respondeu como se fosse óbvio. – E não foi você quem falou pra segurar o elevador?

— Sim, segurar a porta pra ela não fechar... – Mallory respondeu não conseguindo conter o riso. – Espera, você estava literalmente segurando o elevador?

Mallory explodiu em risadas, enquanto Malfoy soltava a parede do elevador devagar se sentindo completamente patético. Ele ajeitou sua roupa e apertou o botão de seu andar, mas reparou que Mallory continuava rindo, e não havia apertado seu botão.

— Pra... Pra que andar... você vai? – Ele questionou ainda um pouco sem graça.

— Para o último. – Ela secou uma lágrima solitária no canto dos olhos. – Pelo visto você também. Quando se mudou? Não me lembro de já ter te visto aqui antes, Homem-Aranha.

— Homem quem??

— Homem-Aranha... Vai me dizer que não conhece os super heróis? – Draco fez que não com a cabeça. – De que planeta você veio, Draco?

𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄 ▪︎ Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora