𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄 ▪︎ Draco Malfoy

Capítulo 15: Professor Malfoy

Edifício Central

Sábado, 4 de julho de 1998

A noite havia sido ótima, tirando o fato de que mais uma vez, Draco só teve meia noite de sono. Depois de enrolar o máximo que pôde na cama, Malfoy decidiu começar o dia com um bom banho frio para ajuda-lo a despertar.

Enquanto passava seu café, Draco ouviu batidas na porta. Ele sabia que não era Mallory e nem Gail, também estava cedo demais para ser Marvin ou sua mãe, então ele se lembrou da carta que havia mandado através de Narcisa dias antes.

— Oi, Milli. – Draco abriu a porta, reencontrando a velha amiga.

— Oi, Dray. – Ela abriu um pequeno sorriso sem jeito.

— Entra... – O menino abriu espaço para que a menina passasse.

Millicent passou pelo loiro e olhou em volta com certa curiosidade, Draco passou por ela e voltou para a cozinha esperando que ela o seguisse.

— Te arrumaram um lugar legal. – Ela concluiu após sua breve inspeção. – Definitivamente melhor que o do Theodor.

— Esteve com ele?

— Ontem. – Ela assentiu. – Eu devo admitir que fiquei surpresa com a sua carta, não achei que fosse me responder.

— Eu, de fato não ia, mas eu tenho me esforçado realmente pra mudar como pessoa. – Draco colocou duas xicaras sobre o balcão. – Café?

— Obrigada. – Ela assentiu. – Como tem sido aqui? Já faz quase dois meses...

— Não é tão ruim, conheci pessoas interessantes. – Draco se sentou de frente pra menina. – Seria melhor se eu conseguisse uma noite inteira de sono.

— Por que não consegue dormir? Pesadelos? – Draco assentiu. – Eu imaginei que estivesse passando por isso também, então eu te trouxe uma coisinha... – Milli tirou dois frasquinhos da bolsa colocando em cima do balcão.

— Poção do sono sem sonhos? Como...

— Todos nós estamos sofrendo com isso desde a guerra. Deixei alguns com a Pansy e alguns com o Theo essa semana, imaginei que fosse precisar também. Trago mais depois se você quiser.

— Na verdade, seria ótimo. Obrigada, Milli. – A menina sorriu. – E como tem sido as aulas de poções?

— Honestamente? Um pesadelo. – Ela revirou os olhos o fazendo dar uma risadinha. – Meu professor é péssimo, não consigo entender uma palavra do que ele diz. Sinto falta de quando eu tinha sua ajuda com poções.

— Pode continuar tendo se você quiser. – Draco deu de ombros. – Meus finais de semana costumam estar sempre livres. Na verdade, seria bem legal ter algo relacionado ao nosso mundo pra poder fazer.

— Tiraram tudo de você, não é?

— Nem tudo, alguns dos meus livros estão aqui, mas apenas ler novamente não é exatamente muito empolgante. – Millicent concordou. – O que me diz?

— É claro que eu topo, Draco. Eu realmente estou precisando muito de ajuda e pra fazer o sonho do Blas se realizar eu preciso fazer isso dar certo.

— Então eu acho que temos um acordo... Vou ser seu professor. – Draco deu duas batidinhas animadas sob o balcão, sentindo que algo na sua vida estava voltando a fazer sentido. – Como a Pansy está?

— Melhor, mas está precisando fazer uma adaptação pra voltar a andar, o golpe foi forte demais...

— Sim, eu vi. – Draco assentiu um pouco amargurado. – E Theodor?