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HYDEN MILLER

📌 Los Angeles, California

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📌 Los Angeles, California

Não tinha ninguém com quem deixar Charlotte, e isso era uma certeza

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Não tinha ninguém com quem deixar Charlotte, e isso era uma certeza.  Eu estava ali, e minha filha também. Eu poderia mostrar serviço de qualquer forma. 

E afinal, a agenda de reuniões de vincent estava mais do que lotada, ele não precisaria da minha ajuda em nenhuma delas, eu estava tranquila. Abri uma gaveta a ultima da mesa, era muito maior que estava apenas com alguns papéis, esvaziei-a, abri a bolsa que continha os pertences da minha filha, tirando de lá um cobertor. 

Ajeitei-o na gaveta, deixando o mais confortável possível, coloquei um travesseiro que também estava na bolsa. 

- O que você esta fazendo? - Natália perguntou, tirando-me do transe. 

- Improvisando um berço para Charlotte. Eu não vou poder ficar com ela no colo o dia todo. - Ela me encarava perplexa.

- E nem você vai pode ficar com ela o dia todo nos braços. - Ela olhou para a criança abrindo um sorriso contagiante. 

- Eu não me importaria, ela é tão boazinha.- Após dizer isso, ela inclinou o pescoço, indo até o da minha filha, dando leves beijos, o que a fez soltar uma gargalhada enorme, reverberando por todo o meu peito. 

- Eu analisei a agenda do vincent, ele tem reuniões fora praticamente o dia todo, é provável que nem coloque os pés aqui. 

- Eu não sei se é uma boa se arriscar, Hyde. 

- E qual alternativa eu tenho? - Ela ficou quieta, sem saber o que me responder.  Na verdade, nós duas sabíamos que não havia respostas. Eu não tinha nenhuma alternativa.  Ela ficou mais alguns minutos comigo, completamente encantada com minha filha, e jurou que voltaria durante o dia, para brincar mais. 

Mantive-me ocupada por boa parte do tempo. Quando não era dando atenção a Charlotte, era com afazeres da empresa, mas estava conseguindo conciliar muito bem as duas coisas, e meu serviço estava fluindo perfeitamente bem.  E, claro, tudo estava indo bem demais para continuar assim. 

Eu havia almoçado na minha mesa mesmo, um lanche que Natália havia trazido na hora do almoço. Ninguém além dela tinha aparecido, e já passavam das três da tarde.  Eu já respirava aliviada, pensando em procurar uma babá para que no dia seguinte não acontecesse nenhum imprevisto, Charlotte tirava sua soneca da tarde na sua nova gaveta favorita... estava tudo indo muito bem. 

Mas o barulho infernal da porta do elevador se abrindo, fez-me ficar atenta.  Eu esperava que Natália surgisse novamente, para brincar mais um pouco com minha filha.  Já esperava ver o rosto dela, todo sorridente e reluzindo luz em animação para ver a criança.

Porém o que eu vi saindo do elevador, fez-me congelar.  Vincent saiu andando em minha direção com seu terno todo imponente. Seu cabelo cortado baixo, uma barba rala de alguns dias por fazer. Alto, muito alto e ombros largos. Seus olhos castanhos pequenos estavam focados à sua frente, em um ponto além de mim. 

Discretamente e sem movimentos bruscos, puxei uma fralda de boca que estava sobre a mesa, jogando-a sobre a mochila que estava em meus pés. Com um pé, delicadamente comecei a fechar a gaveta, para que ele não visse uma criança ali.  Por sorte, ele pegaria algum documento e iria embora.  Por sorte, ele não veria nem ouviria nada. E tudo acabaria bem, como eu já estava me convencendo de que acabaria. 

Por sorte, tudo acabaria bem

- bia

- bia

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