2° Capítulo

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Pov Emmy

Não tenho muito o que dizer sobre mim. Sou mais uma garota órfã sem qualquer memória de meus pais, desde que vim para esse mundo vivo em um orfanato.

Há exatamente um mês atrás se mudamos para uma nova cidade, pelo fato de que as condições do nosso antigo lar já estavam bem desfavoráveis. O prefeito da cidade ofereceu uma mansão abandonada que tinha um bom conforto mesmo sendo velha. Desde então vivemos aqui. Mas só foi o local que mudou mesmo, mais nada além disso.

  Recebíamos educação delas, e os valores morais e éticos também. Não tínhamos autorização de sair sem se quer pedir. O máximo que podíamos fazer era ir até o jardim e ver as pessoas caminhando, as madres não deixavam termos contato físico e nem dialogar. Para elas as pessoas não eram de confiança e com isso só poderíamos conversar e fazer outras obrigações passando pelas ordens delas.

Com o levantar do sol, me despertou do sono, já vendo em volta que minhas companheiras ainda estavam dormindo, contudo não demorou nem cinco segundos para a madre Ane aparecer e abrir a porta.

– Meninas se levantem! Já é hora de se acordar e começarmos mais um dia. – ao terminar de falar saiu do quarto batendo a porta com força. Anne era uma senhora de 50 anos, pela sua feição dava para se notar o cansaço dos dias. Cabelos pretos misturados com alguns fios brancos que eram escondidos sobre a túnica.

Saio da cama sem nenhum ânimo se quer e vou para a ala do nosso banheiro, que aliás tinham seis cabines, três para fazer necessidades e as outras três para tomar banho, e cinco pias.

Ao fazer a higiene básica, saio de lá e visto meu uniforme, que assim como o das outras meninas era um vestido que vinha até o joelho, preto de mangas longas que chegavam até o pulso e que tinha babados brancos como gola.

Apenas penteio meus cabelos e saio do quarto indo em direção a sala de jantar. Não via muitas opções de comida, apenas pão e café, mas para mim estava ótimo.

Já com todas acomodadas na mesa, iniciamos nossas orações matinais. No final da refeição, fomos conduzidas à sala de aula, onde a madre Carmelia nos ensina. Passo maior tempo pensativa, mas prestando atenção nela.

Para passar minha tarde decidi pedir a autorização de Carmelia para ir até a praça na intenção de conhecer um pouco da cidade. E ela deixou, o que eu achei até raro, mas fiquei bastante alegre.

Chegando lá, fiquei a respirar o ar fresco do ambiente. Era tão bonita a natureza, e ver as pessoas se divertindo, momentos assim me faziam crer que quando eu deixasse o orfanato poderia levar uma vida normal.

Sento em um banco e fico olhando as crianças brincando. Solto alguns sorrisos, até sentir alguém próximo de mim, um rapaz que se senta ao meu lado. Meu olhar vai de início na imensidão vermelha dos seus, fazendo eu ficar hipnotizada, ao mesmo tempo que eram lindos também eram únicos.

– Boa tarde. – seu nariz e sua boca se encontravam cobertos por uma máscara com um desenho de sorriso.

– B-boa tarde. – minha voz sai timidamente e falha. "Eu não deveria de está falando com ele", como um tiro essas palavras perfuram meu cérebro.

– Nunca a vi pela cidade, é nova? – pergunta chegando um pouco mais próximo.

Por que não consigo manter distância? De alguma forma eu não estava assustada e nem tão pouco com vontade de sair.

– Mais ou menos, cheguei faz pouco tempo. – não específico as informações, afinal ele poderia ser perigoso.

– Entendo. A cidade é ótima mesmo sendo pequena, você vai gostar. – comenta ele.

Amor Assassino (Dr Smiley)Onde histórias criam vida. Descubra agora