parei de silenciar, tudo que me bagunça
agora começo a cantar, tentar acompanhar todos esses acordes desafinados, os ecos e os "e se"
meu coração se dói e promete que vai explodir
mas lembro que teu sorriso desacelera toda a ansiedade injetada por esse grande e ainda inexistente futuro
dedico meu tempo para dançar agarradinha contigo no mais quieto dos silêncios
a melancolia e instabilidade ainda me chamam, só que agora que senti o gosto do amor em minha língua
então continuo lutando contra minha autodestruição e imploro para que eu levante da cama
todos os dias sorrio para mim no espelho
talvez eu consiga sair do arame farpado que me enrolei
e você me ajuda a respirar quando tudo se aperta e sinto que vou morrer
eu vou me soltar, tomar coragem de cortar agora que percebi que estou com o alicate em mãos