Capitulo XVII
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DiegoFiquei olhando o Arthur conversando com o Luan e tive o pressentimento de que as coisas estavam se encaminhando para ele. O Luan precisava de alguém firme ao lado dele, mesmo aparentando ser forte eu sabia que com certeza ele era muito vulnerável e isso em muitas coisas, mas principalmente no que dizia respeito a família. E com certeza o pai estava no topo dessa lista, eu sabia que tinham muitas coisas que ele não falava dessa relação estranha que os dois tinham, isso sem falar sobre os os irmãos, bastava olhar para ele quando os irmãos estavam perto para perceber o medo que ele tinha.
Meus pais me deixaram a própria sorte. Mesmo assim sabia que de certa forma eu estava em melhor situação de que muito caras que eram gays e a família largava na rua sem eira nem beira, só por isso talvez eu tivesse mais sorte que tantos outros e agradecia todo dia por isso.
Durante o nosso tempo juntos eu notava que tudo que o Luan fazia ou pensava era em função do pai, ele não tinha uma vida própria e muito menos tomava decisões sozinho, tudo era pensando para atender as expectativas do pai dele. Olhei para o lado e notei que o Feio estava conversando com o Prior mas parecia que ele também não estava bem, já vinha notando que a situação com os pais dele estava atingindo o relacionamento dos dois, talvez de uma forma que eu não sabia como tudo iria terminar.
Eu precisava caminhar um pouco e colocar meus pensamentos em ordem, também não estava em uma situação confortável, de nada adiantaria eu tentar ajudar aos dois nesse momento até por que eu não estava conseguindo ajudar a mim mesmo. Levantei da mesa.
-Luan avisa pro Feio que vou ter que ir, preciso resolver algumas coisas. - O Luan me olhou.
-Tá tudo bem?? - O que eu deveria responder?
-Tudo só tenho que pensar em algumas coisas.
-Quer uma carona? Eu vou levar o Luan para a academia. - o Arthur me olhou e vi que ele estava preocupado.
-Não precisa obrigado, meu carro tá na faculdade vou passar lá e ir para casa. - na realidade eu queria ficar sozinho.
Me despedi dos dois achei melhor não falar com o Feio, ele estava na parte de trás do café conversando com o Prior, acho que precisavam de um tempo sozinhos.
Saí caminhando pela rua, precisava colocar meus pensamentos no lugar.
O Alexandre era o tipo de pessoa que ocupava todo espaço quando estava presente, eu não conseguia nem pensar direito com ele próximo, lembrei da nossa noite juntos e de várias formas tudo tinha sido diferente. Esse sentimento de .... O que eu realmente estava sentindo por ele?
Tinha que ver o que realmente eu queria para mim, em tão pouco tempo eu já tinha passado pela mão de tantas pessoas, pessoas que realmente não se importavam comigo, talvez por que eu mesmo não me dava a devida importância, talvez por que eu não me achava merecedor de carinho e amor.
Porque pessoas que me deixavam sempre a deriva das vidas deles? Eu sempre estava assustado ou com medo. Por que tudo isso estava acontecendo comigo? Eu já não tinha passado por problemas demais. Minha família veio ao minha cabeça, eu não gostava de voltar aquele tempo, mas sabia que um dia eu teria que parar para analisar dias tão dolorosos para mim.
Quando entrei na faculdade achei melhor sentar nos bancos da praça e relaxar um pouco, pensar um pouco na minha vida sem alguém do meu lado.
Luan, Gabriel e finalmente o Alexandre.
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Um caminho a seguir.
RomanceVários caminhos mas qual escolher. Até que ponto nossa vida é pensada por nós, até que ponto é nossa escolha? Talvez um dia alguém entre em nossa vida e nos faça mudar tudo. Isso pode acontecer. Por que eu sei? Aconteceu comigo