Prólogo

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Existe uma pequena série de momentos na vida em que a Terra para de girar. Não literalmente, todavia. Mas começa com uma pequena sensação de que tudo congela, inclusive o sangue em suas veias. O peito aperta, a boca seca e respirar fica difícil. Tudo para, menos o coração — que bombeia o sangue de maneira furiosa, ecoando como se batesse dentro dos próprios ouvidos — e a sua cabeça, porque mesmo que ela continue a analisar os fatos em câmera lenta, as consequências daqueles atos borbulham em uma enxurrada sufocante, como agulhas perfurando o estômago de dentro para fora.

Seonghwa vivia um desses momentos.

Wooyoung estava em seu colo e ambos estavam sem roupa. Outro alfa estava às costas do Jung, a destra o masturbava enquanto ele sentava hiperativamente sobre o Park. Tinha tudo para ser uma cena gloriosa. Até que não foi.

Nessa pequena fração de segundo, o alfa de cabelos escuros como a noite e compridos o suficiente para grudarem no suor das maçãs do rosto e nas laterais do pescoço, se deu conta de três coisas importantes. A primeira delas era que a boca estava suja de sangue; sentia o gosto na língua e a quentura do líquido escorrendo pelo queixo. A segunda, era que o sangue vinha da curvatura entre o ombro e o pescoço de Jung Wooyoung, o ômega que havia acabado de marcar. A terceira - e a menos assustadora, ao menos naquela altura do campeonato -, era que tinha acabado de gozar dentro.

A pintura da obra não parecia ao todo aterrorizante, contudo, se fosse apenas sobre a primeira parte, talvez ela não estivesse inclusa naquela série de momentos que o Park gostava de chamar de "situações catastróficas".

Como um fã de listas, adicionaria mais alguns detalhes. A cereja do bolo daquela noite que mais cedo ou mais tarde lhe traria consequências que mudariam sua vida inteira:

1. O outro alfa presente naquela sala abafada era Choi San, seu amigo de infância.

2. Jung Wooyoung era o namorado de Choi San.

3. Choi San era o alfa que, primeiramente, havia marcado o namorado ômega, Jung Wooyoung.

Parecia uma ironia do destino que absolutamente todas as resoluções de Seonghwa naqueles poucos segundos que mais pareceram horas, girassem em torno do número três. Não tinha como saber ainda, mas a partir daquele dia, o número ímpar seria um recorrente em seus dias.

N.A: É uma shortfic, mas dessa vez não vou definir o número de capítulos pra não ter que ficar alterando aqui toda vez dizendo "opa, mais um capítulo". JSKSKSKKSK
Então podem ser três, cinco, sete... quantos o coração mandar.

Quit your job, join our emo band [woosanhwa]Onde histórias criam vida. Descubra agora