A família Hwang era a muitos anos prestigiada com o poder financeiro, não tinham quase nada com o sobrenome deles, mas muitos conglomerados de diversas vertentes estavam sob o controle da família a anos, antes mesmo do nascimento do primogênito: Hwang Hyunjin. Não muito tempo, apenas um ano depois, Yeji foi concebida e os dois irmãos foram criados com os mesmos propósitos robotizados de explorar para crescer, de apenas ser e manter toda a imagem que a família queria passar.Desde muito jovem, a pressão fez com que Hyunjin desenvolvesse problemas de socialização, ansiedade e outros, mas seus pais apenas pagavam psicólogos e psiquiatras para que lhe dessem algum medicamento e tudo voltasse "ao normal". A maior paixão e fuga do garoto sempre foi o museu de arte que havia próximo ao bairro que moravam, onde ele sempre dava um jeito de passar para ficar horas observando as telas e pensando com o seu tipo de inteligência, analisando de forma que muitos não conseguiriam.
A visão de seus pais perante a isso era a aversão, não concordavam e não viam sentido em se importar com algo banal e fútil. Quando Hyunjin decidiu cursar artes plásticas, foi com muita conversa e acordos, tramitados por Yeji, que ele conseguiu ficar com o cargo de coordenador do prédio HH, o qual Sunjin Hwang tinha feito questão de construir sobre os destroços do antigo e amado museu de seu próprio filho. E a falsa paz se manteve entre a família por um bom tempo, isso até Hyunjin se apaixonar por uma pessoa, ele era jovem, destemido na época.
Não muito depois de Hyunjin entrar na faculdade, com 19 para 20 anos de idade, ele acabou se apaixonando por um conhecido de vida e também colega de outro curso, administração, o curso que sua mãe queria que ele fizesse para coordenar as empresas e ser o especial herdeiro. Changbin era conhecido da família, afinal as famílias influentes sempre pareciam viver em um ninho de cobras, somente quem tinha certa quantia se socializava com elas, festas regadas a comidas e bebidas caras, confraternizações incessantes, negócios. E foi em uma dessas festas que Hyunjin acabou passando um tempo a mais com o Seo no banheiro, e depois, foram para casa juntos.
O relacionamento deles não foi duradou, mas foi intenso. Na época o Hwang estava se sentindo realizado, sua família não estava no seu pé, suas obras eram elogiadas e aclamadas por todas as críticas, fossem públicas ou de professores. Sua vida era colorida, seu mundo era mais harmonioso. Sua dedicação ao amor era tão doce quanto seu coração, mas quando o senhor responsável pelo antigo museu, o qual Hyunjin considerava um amigo, e também seu pai, um dos mais tranquilos da família em relação a suas escolhas, faleceram com pouco tempo de diferença, um pouco de sua forma de representar os sentimentos em tela foi mudando.
As críticas começaram a ser mais cruéis, mais rígidas, as notas eram importantes, os trabalhos, os projetos, as necessidades de socialização. Nisso, o luto com a junção entre a cobrança e pressão, fez que a luz de Hwang lentamente fosse se apagando ao decorrer dos anos. Tudo que ele tinha naquela época que ainda lhe dava forças era Changbin. Não que fosse certo, não que o amor pudesse o salvar, mas a única pessoa que ele poderia deitar no colo e chorar um pouco era ele.
— Você pensa que poderíamos ser uma família? Ter um futuro? — Hyunjin o questionava com uma certa frequência, ansioso pela liberdade de ser quem era, disposto a viver uma vida livre sem sua família lhe puxando para baixo como um passarinho enjaulado. — Binnie...
Ele não teve respostas, quando o assunto era sério e sobre o futuro, Seo Changbin não lhe dava nada. O presente era o que existia, e tudo era no sigilo.
— Estamos bem assim, ficaremos bem assim. Não faça biquinho Hyunjin, você sabe que é complicado, tenha paciência. — O Seo dizia com um sorriso malandro, vendo o mais novo piscar confuso, com uma carinha quase inocente de choro. — Eu te amo, ok? Confie em mim.
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Abstract Art - Hyunlix
Fiksi Penggemar"Os pingos de chuva apagavam a pequena chama de um cigarro. Hyunjin suspirou frustrado. Era difícil ser um pintor nos dias atuais (...)" Lee Félix não era alguém comum, ele era o que Hwang Hyunjin chamava de "Arte abstrata". Pessoas assim eram...