Amizade Secreta - Sariette

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Pov Sarah-

Eu não sabia ao certo o que pensar!

Minha Julie, a minha melhor amiga acabou de ver o meu dom e está extremamente espantada.

E se ela for embora e nunca mais voltar?
E se ela quiser me sequestrar agora como a Rainha sempre disse que fariam?
E se ela me achar estranha?
E se...

- MEU DEUS SARARÁ ISSO É INCRÍVEL! - Fui barrada de meus pensamentos por um corpo levemente menor que o meu se jogando por cima de mim em um abraço animado e um grito feliz.

- V-você não vai me deixar?

- Ahn? Não!

- Não vai mandar seus guardas me sequestrarem?

- Mas o q- Não, Sarará! Eu nunca faria isso com você. - Seus olhos agora tinham um brilho preocupado, me perdi por um tempinho neles. São tão lindos!

- E-eu só pensei que- - Novamente, a morena me interrompe com seu indicador sobre meus lábios.

- Não é porque eu descobri seu segredo que vou fazer algo de mal contra você, Sah. Eu te gosto, nunca faria maldades com alguém que eu gosto. - As bochechas dela coraram ao terminar e eu sentia as minhas esquentando.

Era incrível as sensações, desconhecidas e boas, que ela me trazia!
O frio na barriga em um abraço, a alegria quando ela chega, a preocupação de quando se vai, as bochechas ardendo quando ela faz algo que me deixa envergonhada.
Ela é incrível!

- Eu também te gosto muito, Julie.

Os olhos dela se arregalaram levemente e meu mundo parou quando vi ela abrir seu sorriso, era o sorriso mais incrível da face da terra.

- Bom saber disso, Sah. - Termina de dizer e beija minha bochecha me trazendo o frio na barriga novamente.

Uma áurea diferente havia se instalado, eu já sabia disso.
Li uma vez em um conto antigo que quando está perto de alguém que ama, o ambiente se torna mais leve e nada no mundo a fora lhe importa.
Eu me sentia assim agora, com ela aqui, me sentia protegida e totalmente a vontade!

Ela me encarava com seus olhos cintilantes e castanhos que me hipnotizavam por longos estantes.
As vezes me perguntava o que ela pensava quando eu, sem querer, me perdia a observando já que a mesma não falava nada.

Naquele dia, após aquele momento, Juliette não fez questão de tocar no assunto que lhe causou tamanha surpresa quando chegou, muito menos no ar doce que se instalou após um "eu te gosto" dito por ambas.
Não sabia se me sentia feliz, ou confusa.

Será que ela também sentia esse áurea?
Ela já havia lido contos românticos e comparava seus momentos?
Será que ela se arrepiava quando sentia eu lhe tocar?

Eu espero que sim.

No dia seguinte, pela manhã eu estava penteando meus cabelos com meu vestido rosê até às batatas da perna, suas alças com leves babados e em sua gola no meu pescoço uma linha prateada.
Meus cabelos, naturalmente loiros e enrolados nas pontas, batiam em minha cintura e me davam certo trabalho para desarmar os nós feitos durante meu sono. Depois de tudo, joguei todas as minhas madeixas para o ombro direito e sorri satisfeita.

Saí do banheiro e me sentei na cadeira da sacada, ainda não esperava por ela, sabia que chegaria mais tarde, estava pegando o sol que batia ali me fazendo ficar em um tom de pele aceitável para não ser comparada a um cadáver.

Respirei profundamente, colocando, ou tentando, os meus pensamentos em ordem enquanto observava o céu azul e os pássaros agitados voando pelos ares.
As árvores verdes e de grandes copas pareciam estar felizes por estarem recebendo a luz do Sol.
Olhando um pouco mais em baixo vi Thomas cuidando de suas melhores amigas; as flores.
De todos os tipos, cores, tamanhos, formas e cheiros iluminando mais aquela manhã.

Ah se eu pudesse correr entre essas flores!
Seria eternamente grata e feliz...

Mas um dia eu poderei fazer isso.
A promessa de alguém me faz acreditar nisso, eu tenho certeza que ela irá cumprir.

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opa!
cheguei aqui da melhor forma: do nada.

desculpem a demora pra atualizar, tive algumas complicações, nada que não dê pra aturar.
não desistam de mim, kkkk

desculpem se tiver algum erro, peço que relevem pois o capítulo não foi revisado.

até... 💐