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sem revisão

Pov Narradora-

Juliette chegou ao castelo por volta das 07:40, encostou Ruffus em uma árvore e o amarrou, acenou para Thomas e começou a subir a torre.
Tinha pensado muito naquela noite, e um pouco antes de sair do castelo, no que diria para Sarah.

Estava torcendo para que sua amada entendesse.

— Mi amor?! — Disse a morena em um tom mais alto.

— Amor! — Sarah correu para seus braços lhe abraçando pela cintura e escondendo seu rosto na curva do pescoço da mais baixa, como sempre.

— Céus, seus abraços são os melhores. — Declarou-se bobamente, Juliette.

A loira lhe ofereceu o seu melhor sorriso, sempre lindos, e puxou o pescoço de sua namorada para um beijo profundo e apaixonado.
Novamente novas sensações as tomavam; corpo quente, respiração começando a faltar, coração pulsando, mãos descontroladas invadindo lugares secretos, bochechas coradas, lábios vermelho, suspiros e intimidades pulsantes.

Seria uma doença?
Oh não, ambas, sabiam que não se tratava de uma doença o que estava acontecendo ali.
Os livros não contam somente coisas puras.
Era tesão, desejo e amor.

Se separaram ofegantes olhando as pupilas dilatadas uma da outra achando aquilo, quase, impossível de se resistir.
Elas já não queriam mais resistir.

A insegurança era uma inimiga pesada naquelas horas, ambas tinham muitas delas!
Livros contam como um casal, "normal", tem relações, não um casal, "abominável", como elas eram.
Então, muitas coisas, rodavam suas cabeças quando suas intimidades pulsavam; não tenho um pênis, como vou dar prazer a ela? como tocá-la? devo beijar? devo tocar ela em sua intimidade? do que ela gosta? será que vou errar? e se eu a machucar? devo usar algum objeto? posso lamber? devo observar seu corpo? ela me quer? ela vai me achar bonita? meu corpo será suficiente?

Mas elas sabiam que as respostas só viriam quando fizessem o ato.
E não estava longe de acontecer.

— Mi amor, podemos conversar? — Juliette perguntou após se recuperar, em parte, pois seus olhos ainda estavam nos lábios de Sarah e sua mente em sua língua quente lhe invadindo.

— Claro, mia belle! — Sarah sorriu de leve, pensando o mesmo que Julie, e arrastando a morena pelo quarto até o quartinho e sentando com ela no sofá.

— Certo, eu preciso, na verdade necessito, que você me escute e não se desespere. Mi amor eu te amo acima de tudo e lutaria com mil dragões por você, não se esqueça disso.

O rosto de Sarah perdeu todo seu brilho, seu amor estava lhe abandonando?

— V-você vai me deixar? — A loira perguntou insegura.

— O que?! Não! Nunca. — Juliette pegou nas mãos da mais alta lhe passando segurança.

Sarah respirou fundo apertou as mãos de sua amada e lhe disse:

— Diga.

— Meu pai, o Rei, sabe sobre nós.

Os olhos da loira se arregalaram e ela estava para se desesperar quando sua namorada continuou.

— E nos apoia, mi amor! Ele está muito feliz por nós.

— Oh, nossa, isso é maravilhoso! — Sorriu largamente.

— Agora, vou lhe contar coisas que não são maravilhosas.

— Se apresse então, estou curiosa.

— Eu vou me casar.

Respiração falha, olhos marejados, visão embaçada, coração palpitando e mãos trêmulas.
Estavam ambas assim.

— C-com quem?

— O filho de um ministro.

— Nome?

— Arcrebiano Araújo.

— Você.. Você gosta dele?

— Não.

— Quer se casar com ele?

— A única pessoa com eu quero me casar, é você, Sarah. Só você.

Ambas já tinham derramado, muitas, lágrimas em meio as perguntas da loira.
A mais alta respirou fundo, tentando se acalmar, e perguntou o que mais temia.

— Você vai se deitar, ou já se deitou, com ele?

Juliette chorou mais forte, porém, tinha que passar segurança para Sarah, então ela limpou as lágrimas e segurou o rosto da loira entre suas mãos lhe encarando bem no fundo dos olhos.

— Eu não me deitei e nem vou me deitar com ele. Eu vou me deitar com você, vou dormir com você, me entregar a você, me doar inteira para você e vou ser inteiramente sua. Porque meu coração já é todo seu.

Sarah chorou forte sentindo seu coração acelerar.

— Eu te amo tanto, Julie. Tanto, tanto, tanto! — Ela respondeu puxando Juliette para o seu colo fazendo com que a mesma mantenha suas pernas nas laterais da cintura da loira.

— Eu te amo muito mais, meu amor, muito, muito mais! — A morena respondeu, cessando o choro, e respirando no pescoço de Sarah fazendo a mesma se arrepiar e despertar.

— Vai mesmo se entregar pra mim?  — A loira perguntou abraçando mais forte a cintura da mais baixa.

— Por inteiro. — Ela sussurrou no seu ouvido e Sarah suspirou.

— Juliette?

— Sim, mi amor.

— Eu te quero, agora.

Julie olhou nos olhos de sua amada vendo eles, quase, negros e se arrepiou sentindo calor em partes desconhecidas.
Ela nada respondeu, apenas puxou a outra para um beijo avassalador, dando a permissão que a mesma queria.

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vem aí grandão.

> eu não sei escrever hot, paciência. <

até..🌙



Amizade Secreta - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora