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Pov Narradora-

Flashback on-

Sarah Andrade.

— Sim.

— Então você... Você era o bebê das fotos?

— Q-que fotos? — Eles tinham coisas minhas pequena?

— No escritório do papai, há um álbum. Ele nunca deixou eu mexer. Disse que era sigiloso, mas o que havia de sigiloso em fotos?

— Eu estava nelas? — Estava realmente chocada, eu achava que nem me amamentado minha mãe tinha.

— Era um bebê, loiro, com os olhos verdes, nariz fino e boca carnuda. A mesma feição que você tem.

— Você é a mesma coisa. — Retruquei ainda incrédula.

— Mas a foto estava escrito "Sarah Andrade Alves, 2 meses". Não era eu. — Por seus olhos escorreram uma lágrima.

— Por que está chorando? — A questionei confusa.

— No dia em que vi sua foto, fui castigada. Eles disseram que a bebê na foto era uma sobrinha deles, que foi morta por ser castigada pelos Deuses. O tios me confirmaram isso. Como você pode ser minha irmã? — Fiquei chocada com aquilo. Morta? Castigada pelos Deuses?

— Eu sou sua irmã. Sangue do seu sangue. Pegue aquela foto novamente, se conseguir, olhe a data. Eu tenho quatorze anos. Faça as contas.

Ela não disse mais nada, apenas me abraçou.
Muito forte, como se estivesse conferindo se não sou um fantasma.

— Como não te conheci esse tempo todo? Onde você estava?

— Há uma torre, lado sul do castelo. Suba as escadas altas e bata na porta de madeira. Eu estarei trancada lá. — Ainda estávamos abraçadas e eu tentava raciocinar a cada pergunta.

— Trancada?

— Sim, eles não mentiram na parte que fui castigada pelos Deuses. Eu fui.

— Você é uma aberração? — Aquilo me doeu, muito. Não sabia que isso poderia doer tanto.

— Não, apenas uma castigada.

— Eu não quero te ver longe, vou dar um jeito. Você vai sair de lá.

— Vou sim, pequena, vou sim. — Eu não sentia ódio dela, ela não tinha culpa. E nunca teria.

— Soph... Sarah? — Era minha mãe, céus! Estou ferrada. — O que faz aqui? Por que não está na sua torre? Saia de perto dela Sophia! Ela é uma má pessoa! — Má pessoa? Era isso que eu era? Pelos Deuses, eu tenho sentimentos. E aquilo estava os machucando!

— Não fala assim com ela! Ela é sua filha... — "Gostaria de não ser." pensei. — e minha irmã! — Completou.

— Isso não é verdade, minha filha. Essa menina é uma qualquer.

— Uma qualquer que te cura. — Respondi em um solavanco de coragem com a voz rude.

Sophia não entendeu muito bem minha fala, sua cara de interrogação lhe entregava.

— Cale-te! Saia de perto da minha filha!

— Não mamãe, não a leve! — As lágrimas de Sophia se tornaram correntes e pesadas.

— Ora, Sophia! Não me irrite, saia de perto desta castigada. — Respirei fundo.

— Não é isso que diz quando estás doente, ou precisando do meu "castigo"! — A respondo em alto e bom tom sinalizando as áspas com minhas mãos.

— Peste! Não dirija a palavra a mim. Guardas, levem-na de volta a torre! Tranquem-na. E a partir de hoje, a torre terá uma proteção reforçada por vinte e quatro horas! — Sarah engoliu seco. — Se revezem e dêem um jeito para cumprir o que mando.

— Sim, majestade! — E assim, como da primeira vez, me arrastaram de volta para torre.

Durante o caminho eu escutei Sophia gritar para que minha mãe não fizesse isso, mas não havia nada a ser feito. Para ela, eu era um monstro.

Destrancaram Lucy, — que me deu uma grande e longa bronca — e eu voltei a ficar trancada lá.

Passei a noite pensando em tudo. E, se Juliette voltasse amanhã, teria muitas coisas a comtar.

Flashback off-

Pov Narradora-

Depois disso, seguindo as coordenadas de Sarah, Sophia foi ao quarto quatro vezes.
Depois que o rei e a rainha descobriram, a colocaram de castigo o que a mantinha muito bem afastada da torre.

Sarah sentiu falta de sua voz, da sua risada.
Mesmo que a tenha escutado por pouco tempo.

.____.

Mais um.
Sem revisão kk

Votem, é tudo que peço!

até...

Amizade Secreta - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora