Família

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Os dias se passaram, e finalmente sua mãe estava chegando. A ansiedade e curiosidade de Élan só aumentava, Élan sentia saudades da mãe, uma ótima mãe muito compreensiva e carinhosa, porém ás vezes Élan tinha a impressão de que a mãe ocultava algo dela.
Ethan era uma bela mulher de cabelos castanho claro e olhos azuis, tinha cachos dourados nas pontas dos cabelos que alcançavam a cintura, uma mulher de média estatura e de traços amáveis, Élan puxara muitos traços da mãe assim como os lábios rosados e bem contornados, o nariz fino delicado porém comprido, o que transformava o rosto de ambas em esculturas de gesso, perfeitas e com traços marcantes. Os olhos de ambas carregavam um azul profundo e límpido os cílios e sobrancelhas fortes davam - lhes um toque especial.
A pele de Élan era mais branca, porém as maçãs do rosto era rosada. A mãe não tinha as maçãs do rosto rosadas como a da filha, e também não tinha o queixo fino e o rosto oval, tinha um rosto mais redondo e amigável, enquanto a filha tinha uma expressão mais marcante. Ethan tinha seios robustos e ancas largas, como uma bela senhora mãe, era de um ar jovial, e não transparecia a idade, aos 55 anos aparentava apenas 35, porém as primeiras marcas do tempo já estavam surgindo em seu semblante.
Ethan era uma mulher alegre e muito cuidadosa, cheia de vida e amava sua filha Élan mais que tudo na vida, Élan que era sua única filha. Sempre cuidou de sua filha com muita estima, quando era pequena escovava os cabelos de fogo da menina e sempre o enfeitava com tranças. Ela mesma ensinou Élan a cavalgar, lutar e caçar. Porém o que as duas mais amavam fazer era contemplar as estrelas juntas, o que muitas vezes faziam na companhia de Eremir, um vil amante das estrelas e do universo.
As duas eram muito unidas, e o respeito e admiração que Élan tinha por sua mãe eram inestimáveis. A criou sozinha com a ajuda do Rei Eremir, seu tio, porém que tratava Élan como filha, já que o mesmo não tivera filhos.
Élan lembrando do tio, " será que ele vem, que saudades".
Depois de algumas horas os servos do rei a chamaram sua mãe havia chegado, Élan saiu correndo pelos corredores até chegar ao grande salão, onde viu sua mãe e seu tio com alguns guardas do reino que os escoltaram na viagem. Élan se jogou nós braços da mãe como uma menina, e assim sua mãe a recebeu:
- Minha menininha! Como está linda! - Disse Ethan admirada com o brilho de sua prole.
- Mamãe me desculpa sair dessa forma, porém isso teve de ser feito, para que eu pudesse saber de meus antepassados e conhecer meu destino.
Élan abraçou o tio, bem apertado.
- Ô minha garota, senti tanto sua falta!
- Eu também tio, estava com tantas saudades, achei que não ia vê- los mais.
Nesse momento Thranduil chegou ao salão com suas belas vestes reais, todos o reverenciaram, e então foram apresentados.
O rei aproximou - se e dirigiu - se a Ethan:
- Boa tarde senhora, boa tarde senhor - fez uma pequena reverência ao rei - eu os chamei até aqui por dois motivos. O primeiro deles, Élan descobriu aqui sua descendência, inclusive por parte da senhora, descendente de Lúthien filha de Melian, e Élan gostaria de alguns esclarecimentos. E segundo e não mais importante - Thranduil pegou a mão de Élan colocou junto as mãos de sua mãe - eu venho genuinamente pedir para que me conceda a mão de sua filha para ser minha esposa e rainha, meu coração nutre por sua filha um amor imenso e sei que o destino trouxe - a para meus braços. -Thranduil fitou os olhos de Élan enquanto sorria, e Élan correspondeu com seu olhar apaixonado e um sorriso tímido porém sincero.
Os olhos de Ethan encheram - se de lágrimas, ela olhou para filha e seu amado que estava ali educadamente a pedir a mão de sua filha e disse colocando as mãos de Élan sobre as de Thranduil:
- Se seu coração é dele, por que sua mão não poderia ser - emocionada a mãe segurou as mãos dos dois e sorriu-
Se amas minha filha majestade, serás como meu filho!
O tio abraçou forte a sobrinha e o rei e os parabenizou com felicidade em seu semblante.
- Então é pra quando é o casamento meu filho? - Eremir sorriu.
- Eu gostaria que fosse no solstício de inverno daqui 3 semanas, numa tarde, pois a luz do sol fica a mais bela que eu já vi entrando por entre as árvores.
- Élan sorriu e concordou com seu noivo.
Thranduil convidou Eremir para visitar o palácio com ele, e deixou sua amada a sós com sua mãe.
- Élan, eu sei que tenho muitas explicações para dar a você minha filha, então começarei pelo início de tudo.
- Quando eu era jovem conheci Madros, filho de Maedros, me apaixonei por ele de uma forma da qual eu não consegui controlar, nós entregamos um ao outro, aquele belo Elfo de cabelos ruivos roubou meu coração, porém ele estava sendo perseguido por forças do mal, e quando nós descobrimos que eu estava gravida ele partiu para Aman, e me fez prometer ocultar de ti é dos outros qualquer coisa sobre ele ou meus antepassados, pois nós corríamos perigo de vida. Então viagei léguas e léguas até chegar no reino de seu tio, onde usei encantos para te proteger, de todo o mal, até que um dia eu pudesse contar a ti sem perigo algum. Porém eu fui egoísta e não queria dizer nada só para que você continuasse em segurança. Me perdoe minha filha! Por favor!
- Obrigada mamãe, eu perdôo a senhora, e peço perdão por ter lá magoado a fugir daquela forma.
- Não tem problema minha filha, o que mais me felicito é que encontraste o amor e a plenitude nos braços do seu amor verdadeiro, esse é o seu destino sem dúvidas.
- Mãe só mais uma coisa. E as forças do mal que perseguiam a família de meu pai?
- Ouvi dizer que foram derrotados. De qualquer forma o mais importante é que eles jamais saberão sobre você. Pois o tempo cortou qualquer ligação que poderia existir.
Élan preocupou - se com as forças do mal, no entanto estava feliz e nada pode abalar o que sentia.

A Senhora das relvas verdesOnde histórias criam vida. Descubra agora