We're intense
In a loop on a 24/7, don't want it to end
But reality's waitin', they say better come up for air soon
Yeah, come up for air soon
Make a change, mm>>><<<
— Vai começar com isso de novo, Tony?
Claro que ele iria, estava escrito em suas feições. Os lábios finos comprimidos em uma linha reta, a dureza em seu olhar visível mesmo por debaixo dos óculos, o vinco entre suas sobrancelhas, o maxilar travado; eram todos indicadores de que Stark estava pronto para mais uma discussão. Mas por algum motivo, talvez pelo cansaço, pelo desespero em ficar de bem, ele apenas deixou o local. Deixou Steve sozinho, semelhante a quando o loiro o fez consigo na Sibéria, sem nem mesmo olhar pra trás. Era até já uma posição conhecida. Costumeiro, quase. Por isso, ele simplesmente soltou um longo suspiro e fitou a janela de vidro. Tudo era tão pesado com Tony, dos olhares às discordâncias à confiança. Chegava a ser cômico como aquelas pareciam mais brigas de casal do que entre dois amigos.
— O que foi dessa vez? — é a voz de Natasha. Ela está de braços cruzados, encostada no vão da porta com uma cara de poucos amigos. Era tão óbvio assim, Steve se perguntava, que Tony e ele haviam se desentendido? De toda forma, ele limitou-se a negar com a cabeça. Não estava no clima pra falar do assunto. A ruiva não comprou sua resposta, contudo, caminhando até a cadeira outrora ocupada por Tony. — Acho que vou ter que cobrar pelos meus serviços de terapeuta de casal. — Steve não conteve um sorriso. — Vamos, o que foi agora?
— Como duas pessoas conseguem se dar tão bem e ao mesmo tempo tão mal? — inquere, não realmente preocupado com a pergunta dela. Eles trocam um olhar antes que o loiro continue, com pesar: — Tony é meu melhor amigo. Eu aprendo tanto com ele, mas de uma hora pra outra, é como se fôssemos dois estranhos. E quando eu tento consertar as coisas, parece que só piora. Até que tudo se acalma e o ciclo se repete.
— Aconteceu muita coisa, Steve. — ela murmura, desviando o olhar. — Principalmente com Tony. Nós superamos. Vencemos, né? Mas não quer dizer que fica tudo bem. As memórias moldam a gente, de certa forma. Daqui pra frente é assim.
— Talvez fomos bons juntos antes de tudo, então. Talvez... Talvez eu que estraguei tudo e nada vai voltar a ser como antes.
— Nunca volta. — Natasha assente, fitando-o novamente. — Mas não quer dizer que é culpa sua. Às vezes as coisas só... Acontecem. — o loiro ri, dessa vez visivelmente sem humor.
— E o ciclo se repete.
n/a:
steve rogers sofrendo: minha religião