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- Inacreditável, como foi que você fez isso? - France Insistiu enquanto esperamos do lado de fora da enfermaria.
Não deixei o ódio me corromper ficando apenas com a culpa. Eu não queria machucar tanto assim, só matar sem dor.
- Não importa como e sim como ele desmaiou. - Hillary se meteu entre nós duas, mais preocupada que todas.
Tinham mais duas meninas que nunca conversei na vida, tão entusiasmadas que o garoto novo soubesse que elas estavam ali. Eu sabia quem eram, Melissa Mccarthy e Harley Richard.
Idiotas, ele é um castigo.
Não falei nada, pra ninguém.
- Ele acabou de acordar, procurando por alguém que chama de docinho. - Sr. Hoberts, o enfermeiro do colégio falou alto da porta.
Revirei os olhos notando as duas meninas vibrarem se movendo ao mesmo tempo que eu.
- Ei, tenho certeza que foi comigo. - Harley disse quase se enfiando em minha frente.
- Acho melhor não dar mais um passo, Richard. - France intimou ao meu lado e ela se encolheu levemente.
Segurei o riso entrando atrás do enfermeiro.
Tolas.
Theo estava deitado com um gelo sobre a barriga e as mãos na testa.
- Sr. Etidrofa, consegue se levantar? - Perguntou o enfermeiro retirando saco de gelo com cuidado.
Não tinha notado ele estar sem camisa até o momento, torcia para o meu rosto não me denunciar. Ele não parece tão magro desse ângulo, não com os gominhos aparecendo sutilmente e a entrada para a virilha me deixando de boca aberta.
Controle é tudo, Agatha Denver
- Docinho, onde você estava? - Ele se sentou devagar com a ajuda do Sr. Hoberts. - Como pôde deixar seu namorado nesse estado deplorável?
Cruzei os braços levantando as duas sobrancelhas.
- Não somos namorados, não foi por querer e não me chame de docinho. - Exigi tentando ser firme e ele sorriu mostrando lindos conjuntos de dentes brancos.
Bendito sejam os deuses e seus filhos e netos e qualquer geração que seja.
- Eu sei que está chateada, docinho, mas eu te perdoo por me deixar assim desde que cuide do que é seu.
Abri a boca com indignação mas o Sr. Hoberts nos interrompeu pedindo que ele colocasse a camiseta, o que eu agradeço mentalmente.
- Vamos, tem duas fãs suas lá fora. - Sorri sarcástica, o motivando a sair mais rápido.
Ele gemeu um pouco com dor enquanto saímos o que me fez ficar com dó por um momento.
- A única fã que me importa é a número um.
Perdi minha dó.
- Sim, ela está ali e seu nome é Harley.
- Minha fã número um é você. - Bufou me seguindo devagar.
- Nos seus sonhos, castigo divino.
Harley e Melissa praticamente estavam barrando nossa saída, com uma expressão cômica de ansiedade. Pareciam tietes fiéis dos olhos verdes.
- Não se preocupem, meu docinho está cuidando bem de mim. - Comentou sorridente e elas mucharam.
Segurei o riso novamente o acompanhando até minhas amigas.
- Ele é um idiota vivo, agora é hora de comer. - Soltei vendo Hillary sorrir para ele, menos preocupada dessa vez.
- Achamos que Gaga tinha te matado.
Bufei caminhando devagar por culpa do bendito.
- Quem dera. - Sussurrei vendo o corredor se encher com o bater do sinal.
McCauley se enfiou na nossa frente, um sorriso gentil que nunca vimos antes e realmente não era pra nós e sim pra Theophanes.
- Você está bem, amigo? O mamute te acertou com força. - Disse olhando a forma que ele parou meio curvado.
Segurei o braço de France, sabendo como seu pavio é curto.
- O que disse?
Olhei surpresa pra Theophanes, jurando ter ouvido um tom diferente.
- Perguntei se você está bem..
Theo negou levantando uma das mãos que não tinha reparado ser grande.
- Do que chamou minha namorada?
Mas que porra é essa?! Troquei um olhar com France que pareceu tão surpresa quanto eu enquanto Hillary sorria para a cena.
Nunca briguei na escola, na verdade sempre fui a mais calma de nós três, era o equilíbrio perfeito entre a raiva explosiva de France e o veneno dilacerante de Hillary.
- Olha bro, umas líderes de torcida cairiam bem pra você e te dariam uma boa rep-
Eu não esperei pisando no seu pé sem reparar que Theophanes segurou no pescoço de McCauley.
Alguns alunos fizeram uma roda envolta de nós cinco, estávamos chamando atenção demais.
- Nunca mais diga uma palavra sobre ela ou eu arranco seu pescoço. - Falou entre dentes, quase encostando o nariz no do jogador pela proximidade.
Segurei o braço dele que automaticamente largou o pescoço do idiota que estagnou no chão em um baque, como um saco de batata.
Tinha muita gente gritando a nossa volta.Passei ao lado do corpo dele arrastando Theophanes comigo mas consegui ouvir France falando com o caído:
- Boa sorte em sobreviver, bananão.
Continuei andando até o refeitório e sentei na primeira mesa vazia que vi.
Theo se sentou ao meu lado devagar e em silêncio.- Isso foi.. apenas uau. - France elogiou como se agora sim fosse aceitável se comunicar com ele.
- Foi lindo! Tão romântico, eu amei. - Hillary soltou com as duas mãos pra cima e um sorriso largo.
Theo continuou quieto, é estranho ver alguém que mal te conhece te chamando de namorada mas eu provavelmente poderia aceitar a longo prazo se ele tivesse paciência.
Ou.. se eu tivesse paciência. Não importa de quem é a culpa.
Desde que não seja minha
- Obrigada por me defender, não precisava mentir que sou sua namorada. - Aproveitei pra dizer baixo quando as duas saíram pra buscar comida.
- Você vai ser a minha morte, docinho.
Sorrimos um para o outro, antes de me tocar no que ele disse e dar um tapa em seu braço.
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O namorado de Agatha Denver
FanfictionUma adolescente de 17 anos tem a maior surpresa do mundo depois de abrir um envelope misterioso e um problema muito maior do que o esperado surgir: um garoto que dizia ser seu namorado ideal.