2. "Sleepwalker"

43 13 0
                                    

Obra não recomendada para menores de 18 anos: violência explícita e erotismo.

Reino de Sartun, 18 anos atrás. Em uma praça da capital do reino, havia longas árvores verdes como a grama abaixo, algumas se destacam pelas fortes cores avermelhadas e azuladas, sendo distintas das tradicionais já citadas anteriormente. Era um lugar lindo com um lago mais a frente, que refletia nas noites as cores variadas do céus do planeta Titã dependendo do dia. Crianças brincam por ali correndo umas atrás das outras, casais passeiam de mãos dadas e famílias se reúnem, mas distante de qualquer contato naquela mesma área, é avistado sentado sobre a grama o jovem Dione, brincando com seu tabuleiro de xadrez que havia recebido no seu aniversário. Ele estava sozinho, ao ponto de jogar contra si mesmo na partida. Até que uma criança vestida de preto aparece, aparentemente com a sua mesma faixa de idade.

Criança:
- Oi, tudo bem? - Em um tom gentil, ele pergunta ao protagonista que estava sentado na sua frente.

Dione:
- Oi, e sim, eu estou bem. - Dione o respondeu de forma bem tímida e contida.

Criança:
- Posso me sentar?

Dione:
- Sim, o espaço é livre pra você.

Criança:
- Certo, obrigado! - O garoto se alegra pela resposta de Dione e se senta na sua frente e de seu xadrez. - Posso jogar?

Dione:
- Sim.

Criança:
- Obrigado de novo.

Dione:
- Você pergunta muito e agradece demais. - Dione afirma a respeito do jeito peculiar do garoto enquanto ajeita as peças de xadrez.

Criança:
- Algum problema comigo? - O garoto questiona de volta ao protagonista ao se preucupar se ele estava ou não o incomodando.

Dione:
- Não, eu só achei curioso. Você tá bem? - Dione o pergunta em um tom um pouco preucupante com aquele menino.

Criança:
- Não estou bem, estou muito triste... - O garoto o responde com sua voz bem cabisbaixa.

Dione:
- O que te deixa tão triste?

Criança:
- As pessoas me odeiam, e eu não entendo o porquê disso.

Dione:
- O que elas acham de você pra te odiarem tanto?

Criança:
- Elas me acham ruim, horroso, traiçoeiro e maldoso, sem nenhum motivo.

Dione:
- Sério? Você parece tão legal e não me parece tão horroso.

Criança:
O garoto move uma peça no xadrez já arrumado de Dione, levando uma peça do protagonista. - Mas para elas não. Eles me condenam só por eu ser como eu sou. Não é culpa minha, eu nasci assim.

Dione:
- Quem são seus pais?

Criança:
- Eu não tenho pai e nem mãe, ou qualquer outro parente, muito menos alguma amizade.

Dione:
- Eu posso ser seu amigo. - Dione faz uma estratégia de contra-ataque levando uma peça do rapaz no xadrez.

Thanos - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora