A PROXIMIDADE DO SAMHAIN

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Acordo estranha, descido escrever no intuito terapêutico de me ver livre dessa sensação que paira no ar e no meu ser, tudo fica cinza e triste, chuvas estranhas e relâmpagos roxos, a proximidade do Samahaim precipita-se no céu e no coração daqueles que o sentem é uma tristeza, um vazio uma estranha, sensação de morte a cada passo, o corvo pousa na janela e dali em diante não sai mais e é ele o responsável?

Essa louca sensação de que tenho que fazer algo, soa como sobrenatural, miraculoso, surreal, me permito entristecer como se não tivesse nada a fazer, simplesmente esperar a morte na terra mãe e no ar parado e frio, sei que ele se aproxima. O deus está morto e só ela a deusa pode descer a mansão e o ressuscitar.

Curvo hoje a morte, tendo a certeza que tudo viverá novamente, meus olhos se anuviam, não me sinto, me vejo escrevendo e sou tomada pelo oculto, entro em transe pelo poder da deusa, a cena começa.

A triste Morgana, desencosta-se do beiral da janela, segue para cozinha e lamenta com Ceridween:

— Porque anciã, porque tudo está parado? não aguento mais esse ar de morbidez que invade o meu ser mais profundo, invade minhas terras mortas:

— Nada está parado, a magia não é em vão, mas só com a morte podemos nos impulsionar para a vida, a semente na terra também deve cansar de ficar parada para assim querer agitar e romper a terra, nada morre filha! tudo nasce novamente no momento em que deve nascer; agora pegue lá no canto da cozinha uma abóbora da colheita da última chuva de Mabon vamos fazer uma sopa, amanhã já não podemos comer mais nada. Vamos nos preparar para o Samahaim minha triste Morgana.

Paro a escrita e o processo, estou cansada, masa sensação foi embora, a morbidez da proximidade de Samahaim.

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