Pode contar comigo pra tudo

653 54 2
                                    

your point of view.

Bom, os dias foram se passando e a cada dia, a vontade de conhecer Sunghoon pessoalmente só aumenta.
Hoje meu pai iria sair mais cedo do trabalho, por um motivo desconhecido.

- S/n! - diz meu pai lá da sala.

Vou até ele.

- Oi? - questiono chegando no cômodo.
- Fui transferido. Vamos ter que nos mudar. - falou com sua atenção no celular.
- O que?! - paro em sua frente.
- Vamos nos mudar. Arrume sua mala, vamos na próxima semana. - se levantou.
- Pra onde? Não tenho o direito de saber? - digo seguindo o mais velho.
- Para a Coréia! - disse breve.
- E o Niki?
- O que tem ele? - me olhou.
- Ele vai poder ir? - digo pegando um copo d'água.
- Claro que não! Ele tem uma família aqui, né S/n? - indagou irritado.
- Por quê?! - seguro o choro.
- Somos melhores amigos desde criança. Posso ficar então? - completo.
- Não, S/n! Você vai e pronto! - ordenou.
- Então, como fica eu e Niki? - digo deixando rolar uma lágrima sobre meu rosto.
- Você pode vir visitar ele quando quiser. São apenas uma horas e cinquenta e sete minutos.

Não falo nada, apenas vou para o meu quarto.
De qualquer jeito, teria que ir. Mas, fiquei tão mal com isso, que acabei nem pensando em uma coisa. Eu vou poder finalmente conhecer Sunghoon.
Mas acho que ainda não seria o momento ideal para contar a ele. Como vou contar para Niki?

- Calma, S/n! Se acalme. - digo para mim mesma andando de um lado para o outro no quarto.
- Niki, vou me mudar. - digo pensando em um jeito de falar para o garoto.
- Não, não! Deixa eu ver outro jeito.
- Niki, bom. Meu pai foi transferido, e vou ter que me mudar para a Coréia. - me jogo na cama.
- Ahh... Que merda! - afundo minha cabeça do travesseiro.
- Como vou contar para ele? Que vida cruel! - me levanto ouvindo batidas na porta.
- Pode entrar! - grito para a pessoa que estava atrás da porta escutar.
- Licença. - Niki diz entrando no quarto.
- Oi, Niki! - vou até o maior.
- Por que tava chorando? - desfez o abraço.
- Quem disse que eu tava chorando? - tento limpar as lágrimas no meu rosto.
- Não sou idiota, S/n. Agora me fale! - foi até a cama.
- Tenho que pensar em um jeito de te contar isso, Niki. - sento do seu lado.
- Você sabe que pode contar comigo pra tudo, né? - pegou minha mão.
- Eu sei. - digo cabisbaixa.
- Pra tudo tem seu tempo. Quando se sentir segura, pode me contar. - me abraçou.

Quando ele me abraçou, parece que todas nossas lembranças se passaram em minha mente. Quando tínhamos 8 anos, e roubamos um brinquedo que estava jogado no chão da loja de conveniência. Quando apostamos quem iria mais alto no balanço, e acabei caindo no chão, e ele veio me ajudar todo preocupado. Quando fui em sua casa, e sua família estava brigando, então chamei o garoto para passear.
Entre diversas outras coisas que passamos juntos. Por que tudo tem que ser assim?

Acabo nem percebendo, e deixo as lágrimas rolarem, enquanto estou abraçada com Niki.

Ele leva suas mãos até meu cabelo, fazendo um cafuné.

- Bom, S/n! Vamos parar com isso, e vamos nos divertir, já que vim até aqui para isso. - se separou do abraço limpando minhas lágrimas.
- O que vamos fazer então? - sorrio fraco.
- Uhm... - ele faz um expressão de pensativo.
- Tive uma ideia! - se levantou rápido.
- Qual? - pergunto me levantando também.
- Que tal a gente pintar? - disse animado.
- Mas já faz muitos anos que não pintamos.
- Ah, vai? - disse implorando.
- Tá, tá!

O resto da tarde foi assim, brincamos, rimos, brigamos e muito mais.
No final da noite, já estávamos todos sujos de tinta e o quarto todo bagunçado.

- Ok, já chega! Vamos arrumar essa bagunça, quero dormir logo. - digo tentando parar de rir.
- Tá bom!

Começamos a arrumar, e quando acabamos, já eram 23:20 da noite.

- Vai dormir aqui, né? - me jogo na cama.
- Dessa vez não vai dar. - se deitou ao meu lado.
- Por que não? - me viro para o garoto.
- Tenho que terminar uma coisa. - diz se levantando.
- Ah, mas já está tarde! Não pode terminar amanhã? - tento convencê-lo.
- Hoje não, S/n. Mas prometo que da próxima vez eu durmo. - foi até a porta.
- Tudo bem... - falo desanimada.

Acompanho ele até a porta, e me despeço dele.

Tomo um banho e me deito, mas não consigo dormir, então resolvi mandar mensagem pro meu namorado.

Mensagem on

- Oi, amor!

- Oi meu amor, como vai?

- Bem e você?

- Também estou bem!
- Não está conseguindo dormir?

- Não, eu não sei como te contar isso

- O que? Sabe que pode contar comigo pra tudo, né?

- Sei, sei. Mas é que acho que ainda tenho que criar coragem. Também tenho que contar pra Niki, mas não sei como.

- Fica calma, quando se sentir bem, nos conte!

- Tudo bem!! Agora vou ir dormir, boa noite, Hoon! Eu te amo.

- Boa noite, meu amor! Também te amo!

Mensagem off

Me reviro na cama, na tentativa de dormir, e depois de horas, consigo pegar no sono.

Virtual Love - P. SunghoonOnde histórias criam vida. Descubra agora