Capítulo Vinte- Desaparecida

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(...)

Logo amanhece o dia, levanto da cama e vou olhar as minhas mensagens e vejo uma mensagem do Thom falando que sente minha falta e dizendo o quanto me ama. Isso mexe com minha cabeça sempre e me deixa confusa. Por uma parte sinto que devo seguir em frente, e quer saber? Talvez seja isso que eu faça mesmo.

Vou tomar banho, e visto meu fardamento da escola e desço para tomar café.
Minha mãe aparece do nada na cozinha, com malas e roupas em um lençol.
Em seguida olho pra meu pai:
-O que essa mulher faz aqui? Como ela ousa aparecer nessa casa? Digo.
-Filha, sua mãe foi despejada, e ela pediu para ficar uns dias conosco até que possa se recompor. Diz meu pai
-Mas não mesmo, essa mulher finge está morta e derrepente aparece aqui e da uma de que ta tudo bem assim do nada? Nada disso. Passei minha vida toda sem minha mãe do meu lado pra me apoiar e pensando que ela estivesse morta. Mas bem, me enganei, alias vocês todos me enganaram. E eu os odeio. Disse com lágrimas nos olhos.
Em seguida subo rapidamente e vou para meu quarto perturbada com essa ideia dessa mulher vir morar aqui em casa.
Quem ela pensa que é? Pra chegar aqui como se tivesse tudo bem e se acomodar nessa casa... Essa casa não tem espaço pra gente morta. Pra mim, minha mãe está morta.
Corro pro meu banheiro e pego uma maleta com vários comprimidos e separo diversos comprimidos e tomo eles. E junto abro minha garrafa secreta de vodka que escondi pra uma necessidade. (Tipo essa)
Em seguida minha vista escurece e eu fico zonza, fico com muita falta de ar e muita dor de cabeça e de repente... Apago.

2 meses em coma no hospital....
Certo dia me acordo, abro meus olhos e vejo o quarto da UTI e vários fios de aparelhos ligados a mim. Viro minha cabeça e meus "pais" estão em uma poltrona xoxa tirando um cochilo.
Uma enfermeira entra de repente e me fala:
-Finalmente você acordou moçinha! Diz ela contente
-Oi, o que estou fazendo aqui? Pergunto assustada
-Bem, você quase morreu por uma overdose de comprimidos com álcool. Passou 2 meses internada em estado grave. Desde então seus pais não te largam um minuto se quer! Diz ela sorridente.
-Obrigado! Deixe-me sair daqui agora. Digo
-Nem pensar, o soro serve pra limpar as substâncias dos remédios do seu organismo e de sua corrente sanguínea. Então coloque esse bumbum de volta ai e relaxa fofa! Diz ela.
-Oh droga! Gritei
-Vamos não é tão ruim assim. Você se acostuma logo logo. Deixem e trocar esse soro aqui e.... Diz ela interrompida
-filha! Diz meu pai sorridente.
-oi. Digo
-graças a deus que você acordou, achamos que iriamos te perder e... Interrompo
-e o que? Se vocês me perdessem vocês iriam adorar isso. Você iria se mudar com sua mulherzinha e a filhinha dela, e não ia ta nem ai pra filha idiota aqui que perdeu. Você se quer iria olhar para trás. Então deixa desse teatrinho todo! E mais uma coisa tira aquela mulher lá de casa se não eu não ponho meus pés lá.! Disse.
-Mas... Não é bem assim. Eu te amo querida! E sua mãe também. Diz ele
-Poupe os detalhes. digo.

2 dias depois recebo alta e vou para casa.
Chegando lá aquela mulher insignificante ainda está perambulando por lá e eu não a suporto.
-eu acho que pedi pra você se livrar dela se não eu não passo pela aquela porta! Digo.
- se acostumando. Você não manda aqui! Abaixa tua bola garota! Diz minha madastra.
-Que porra! Digo gritando.
Subo para meu quarto em seguida sem olhar para quem estava na sala, e me deito na cama...

Ponho meu travesseiro sobre minha cabeça me deixando ofegante quase sem folego e digo baixinho:

Stay Strong! E apago...

-Sangrentos Pulsos-Onde histórias criam vida. Descubra agora