Capítulo 1

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POV Sarah Andrade

21 de agosto de 2022 – 12h:40min

Meu corpo pesava além do normal, não era comum essa sensação, um ar gélido fazia meu corpo se arrepiar e mesmo ainda de olhos fechados sentia pequenas pontadas de dores na cabeça.

Respirei fundo, devo ainda ter algumas horas para dormir, apalpei lentamente pela cama procurando por meu edredom fofinho e nada de encontrá-lo, bufei frustrada realmente não queria abrir os olhos e perder meu sono.

Aquele peso no meu corpo ainda me incomodava e me assustei ao sentir uma respiração forte perto do meu pescoço.

Oh merda...

Abri os olhos lentamente me acostumando com a claridade do quarto, meus olhos se apertavam involuntariamente, aos poucos fui notando que aquele não era meu quarto, olhei ao redor e meu olhar caiu ao lado onde havia uma pessoa seminua deitada ao meu corpo.

Espera? Uma mulher? E somente de calcinha.

Impossível ver o rosto coberto por seus longos cabelos escuros, devagar tirei seu braço que estava em cima da minha cintura e sentei assustada tentando entender o que estava acontecendo.

Merda! O que eu fiz?

Me levantei em um pulo e fiquei ainda mais surpresa ao perceber que só estava de calcinha e sutiã, peguei rapidamente minhas roupas no chão e me assustei com o estado daquele quarto.

Garrafas vazias espalhadas pelo chão e mesa, copos descartáveis, embalagens de salgadinhos, travesseiro de um lado, toalhas de outro, cadeiras caídas. Parecia que um furacão havia passado por ali.

Me troquei rapidamente e vi aquela mulher se mexer, se espreguiçou ainda sem abrir os olhos e me dei conta de quem era, mas não, não era possível ser ela. Nada disso faz sentido.

Franzi a testa ainda sem entender e mais apressada vesti minha blusa, procurei por meu celular e paralisei ao ouvir aquela voz novamente.

– S-sarah, é você? – Falou gaguejando.

Olhei para ela que parecia mais confusa do que eu, um lençol já cobria seu corpo e ela olhava por todos os lados em confusão, respirei fundo e direcionei o olhar para o chão ao lado da cama onde localizei meu celular.

– Oi – Respondi pegando o aparelho - Preciso ir – Me direcionei até a porta.

– Espera, pelo menos me diga o que aconteceu aqui?

Parei com a mão na maçaneta e me virei para olhá-la, a morena me olhava ao mesmo que sua mão repousava sobre a cabeça e uma leve careta de dor surgiu em seu rosto.

– Eu realmente não sei, Juliette. – Soltei o ar do meu pulmão, abri a porta saindo o mais rápido possível daquela confusão.

Assim que a porta se fechou atrás de mim peguei me celular para tentar descobrir onde eu estava, o quarto que acabei de sair parecia muito o de onde atava hospedada, pode ser que estamos no mesmo hotel.

Mas espera. Ela não mora aqui no Rio? O que está fazendo em um hotel?

Assim que olhei para o meu aparelho não me surpreendi em encontrá-lo sem bateria. Meus amigos devem estar loucos atrás de mim.

O que diabos aconteceu noite passada?!

Olhei para o número do quarto em que estava antes, 1310, logo eu sei que estou no 13° andar e esse corredor realmente parece o do hotel que eu estou hospedada. Decido descer até a recepção e confirmar, minha cabeça está explodindo, tenho que lembrar de nunca mais beber tanto ao ponto de não lembrar o que aconteceu ontem.

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