Capítulo 2

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POV Juliette Freire

21 de agosto de 2022 - 12h:43min

A claridade do cômodo estava incomodando a minha vista, sinto algo se mexer ao meu lado, talvez uma pessoa?. Minha cabeça latejava me fazendo apertar os olhos ainda fechados. Eu só queria dormir mais um pouco, mas minha cabeça não parava de doer, bocejo me espreguiçando e lentamente abro meus olhos tentando me acostumar com a claridade, me sento na cama e lentamente tento compreender o que aconteceu aqui.

Olho para o lado e me deparo com várias garrafas de bebidas vazias espalhadas pelo chão e mesa, copos descartáveis e embalagens de salgadinho também estavam espalhados junto com toalhas e travesseiros, também haviam algumas peças de roupas jogadas.

Que diacho aconteceu aqui? Isso claramente não é meu quarto, afinal, onde eu estou?

Logo à frente pude avistar o vulto que me fez despertar, me assustei assim que vi que era uma mulher de cabelos morenos e pele branca.

Que merda eu fiz?!

Rapidamente olhei para meu corpo e percebi que estava apenas de calcinha e então com rapidez puxei o cobertor para me cobrir. Assim que voltei a olhar para frente pude ver que não era qualquer mulher, e sim ELA. Que estava apenas de calcinha e uma camiseta na minha frente procurando alguma coisa pelo chão.

Oh merda, eu dormi com ela? Mas como?!

- S-sarah, é você? - Gaguejei, estava assustada sem conseguir entender nada. E ela parecia mais nervosa que tudo na minha frente, colocando suas roupas com presa.

- Oi - Respondeu pegando seu celular jogado no chão. - Preciso ir - A mesma se direcionou até a porta

- Espera, pelo menos me diga o que aconteceu aqui? - Eu rapidamente a chamei, ela parou em frente a porta com a mão já na maçaneta, aquilo tudo estava fazendo minha cabeça doer mais ainda, coloquei minhas mãos sobre minha cabeça assim que sentir as pontadas cada vez mais fortes, fazendo uma leve careta com a dor.

- Eu realmente não sei, Juliette. - Ela simplesmente saiu sem olhar para  trás.

Olhei em volta novamente e nada me vinha em mente, porque eu não fui para casa? Merda! Falando em casa, o pessoal deve estar doido atrás de mim, tenho certeza que vou ouvir horrores.

Me levanto com muito esforço e sigo para o banheiro, que conseguiu estar pior que o quarto em si, havia água jogada para todo canto e a banheira estava cheia até a borda, praticamente transbordando.

O que diabos aconteceu aqui?!

Eu preciso sair daqui o mais rápido possível, o Rallyson deve estar puto comigo, já que eu estava com ele e devo ter sumido sem dar nenhuma explicação, ou será que ele sabia de alguma coisa? Minha cabeça doía por conta da quantidade absurda de bebida que ingeri e simplesmente a pessoa que eu passei a noite junto me deixou plantada aqui, apenas de calcinha sem saber um puto do que aconteceu.

Assim que me olho no espelho, levo um susto com as marcas no meu corpo, havia um chupão bem dado no meu pescoço, uma pequena marca no vão do meu seio direito e um a aparentemente mordida na minha clavícula.

- Era só o que me faltava, essa galega que não é mais galega me deixar cheia de marcas! - Digo analisando as manchas roxas.

Na pia, avistei algumas coisas de higiene pessoal que o hotel oferece e então decidi tomar um belo banho, já que não havia mais nada que se fazer, a merda já estava feita. Eu só queria saber como ela começou e como eu deixei isso acontecer. Como é possível uma pessoa beber tanto ao ponto de não se lembrar nem de uma transa como uma mulher?! Ainda mais a que mexeu comigo por muito tempo, mas que também me machucou muito.

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