Capítulo 2

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Ódio, o único sentimento que sinto nesse momento.

"Você nunca será digno de ser o chefe" lembro das palavras do meu pai antes de morrer, como se o drogado do meu irmão fosse.

Defiro um murro no saco de pancadas na minha frente com mais força, como se aquilo acalmasse meus nervos, o que obviamente não acontece, eu sei que nasci com o único intuito de proteger meu irmão, mas ele não tem nem um pouco de responsabilidade, o maledetto, vive para desonrar a famiglia.

Meu pai Fabrizio Bianchi, o monstro como carinhosamente o chamavam, por sua especialização em tortura, o primeiro de nossa linhagem, a alcançar a liderança da máfia italiana. O homem cujo nunca voltou atrás com sua palavra, não permitiria jamais que seu primogênito não assumisse o poder.

Infelizmente por ser o segundo filho, herdei o cargo de consiliergie, em outras palavras eu deveria "aconselhar" meu irmão, mas eu apenas concerto as cagadas dele.

Ter um chefe viciado em heroína e horrível, sou basicamente a babá dele, quando sugeri que ele se tratasse para o meu pai, foram tantas frases ruins, bom eu nunca cheguei ao nível que meu pai imaginou para mim... Mas serei pior que ele.

Retorno a realidade percebendo que meu irmão mais novo me observa

— o que queres Marco? — pergunto parando de socar o saco de pancadas, Marco coça a cabeça nervoso, e sorrir.

— Temos problemas na Grécia, Fernando mandou avisar que partiremos ainda hoje para lá. — imagino que esses "problemas" tem o dedo do Fernando.

Aceno um sim com a cabeça, e saio da sala de treinamentos, seguindo para o meu quarto, vejo de soslaio que Marco me segui.

— Mandei a Rosa arrumar sua mala, estive pensando em depois disso, a gente sair para umas baladas — ele fala coçando o cabelo, meu irmão mais novo é muito parecido comigo, apesar dos quatro anos de diferença, Marco tem olhos em um azul tão escuro que quase chegam a ser preto, como os meus, mas os cabelos são um pouco mais claro, mas ainda são extremamente fartos e cheios.

— Você deve ir, mas eu não, as coisas nunca se resolvem... E alguém tem que limpar as merdas dele... — falo a última parte baixo, vejo meu irmão me olhar irritado.

— Cazzo! Você tem que viver também Maurício, o Nando já e um homem.... Mesmo que não pareça... Já fazem meses desde que saímos juntos... — fala a última parte em um tom triste, o que me atinge, Marco é meu calcanhar de Aquiles.

— Não vai dar mesmo Mar... — Marco se vira e nem me deixa terminar.

Odeio ser ausente na vida do meu irmão, mas por hora e melhor assim. Entro  no quarto, e vou direto para minha suíte, onde tomo um banho refrescante.

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