25. Fosse feliz

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Talvez se eu...
Fosse feliz

Alissa Harding

Alguns meses depois...

Nós seguimos em frente.

- Olha só bebê, eu comprei um chucalhinho pra você brincar assim que você nascer! - ele brincou, enquanto me ajudava a entrar no carro, saindo do consultório.

Nós seguimos adiante mesmo quando tudo parecia que não funcionaria mais. Era dia de ultrassom, o bebê estava com sete meses de gestação, e Noah estava cada vez mais bobo com a criança, que a propósito era uma garotinha, e se chamaria Hannah em homenagem a minha mãe.

- Vó, eu tô bem, tá tudo bem! - falei, sorrindo da preocupação dela, enquanto me passava várias instruções pelo telefone - Okay, vovó, eu vou comprar as roupinhas da Hannah, as fraldas, tá tudo okay, o Noah já se encarregou de uma parte disso. - menti, enquanto o Noah fechava a porta e dava a volta no carro, entrando no banco do motorista, vendo que ele só tinha comprado brinquedos e coisas inúteis para um bebê, coisas que ele achava legal, como um chucalho, uma boneca de pano e um mordedor.

Pai do ano!

Ele estava fazendo o melhor dele, e ele era incrível por isso.

- Vamos lá! - ele disse, dando partida no carro e saindo do consultório.

- Okay, vó, estamos indo pra casa! - falei, e desliguei a chamada, encarando Noah, com raiva e vontade de rir ao mesmo tempo - Vovó Anna vai te matar!

- Eu? Porque!? - ele perguntou abismado, enquanto virava a esquina que dava direto na praia.

- Porque você só comprou coisas desnecessárias, quando era pra você ter comprado roupas e fraldas! Sabe quando essa criança vai usar uma boneca de pano? - perguntei, como se fosse óbvio - E o mordedor? Você sabe que uma criança nasce sem dentes, não sabe?

- Será que a felicidade de uma criança não é importante? - ele perguntou, tentando se convencer de que estava certo, quase rindo da própria idiotice.

- Eu não acredito que estou ouvindo isso! - gargalhei.

- Isso é sério! Que mãe não quer ver o sei filho feliz com um chucalhinho de bolinhas coloridas? - ele disse, enquanto parava no semáforo, continuei rindo, passando a mão em minha barriga enquanto sentia ela se mexer - Quer saber, Alissa, você é uma péssima mãe! - ele brincou.

Há algum tempo Noah havia assumido a responsabilidade de pai da criança, até para a própria família dele. Todos pensavam que Hannah era filha dele, e estava tudo bem, ele estava adorando a ideia de ser pai dela, e fazia isso muito bem quando não estava distraído na seção de brinquedos. Tínhamos deixado para trás a história de irritar Cole, afinal, existiam coisas mais importantes naquele momento.

Depois de 10 minutos dentro do carro, Noah estacionou em frente a minha casa, e entramos cheios de sacolas de lojas infantis.

- Uau, quanta coisa! - Vovó Anna disse, animada - Espero que tenha comprado o necessário, Noah!

- Vovó, ele disse que sou uma péssima mãe! - brinquei, e ela olhou feio para ele.

- Ele só comprou brinquedos!? - ela olhou nas sacolas, enquanto Noah fechava a porta da sala com um sorriso amarelo - Noah!?

Talvez se eu...Onde histórias criam vida. Descubra agora