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NÃO REVISADO.
Não esqueçam de votar e comentar bastante. E esse capítulo foi mais um surto coletivo meu e da minha prima.

• L E N N O N •

📍 Parque olímpico, Rio de Janeiro
🗓 Domingo, 11 de setembro

Estalo a língua no céu da boca quando a Juliana solta mais um implicância.

O hoje ela acordou com a língua afiada, e qualquer coisa que eu falo, ela implica com sempre faz.

E por algum motivo eu acho que ela está me escondendo alguma coisa. Ela acordou estranha, tirando o fato que ela não PARA de dançar. O que já está me deixando irritado. Não tem nenhuma música tocando e ela tá dançando.

Claro que eu sei que ela vai ser dançarina da Ludmilla. Até porque ela mesma me disse na sexta feira que eu chamei ela para ir no show do cabelinho e ela disse que iria na casa de uma amiga treinar as coreografias.

E eu também sei que é importante pra ela estar dançando assim, para decorar e tals. Mas toda hora?

Ela acordou meio agitada, e quando eu digo isso é que ela não PARA de falar, e de se mexer. A qualquer momento ou ela tá falando, ou ela tá andando, se coçando, estalando o dedo, mordendo as unhas enormes, batendo o calcanhar no chão etc.

Acho que ela vai ter um infarto até as 21:15 da noite.

— tu vai ficar nessa agonia até 21:15 da noite? — olho para ela que desvia o olhar da plateia que se formava na frente do palco mundo para me olhar

— eu não tô em agonia nenhuma. — ela fala tirando a minha na boca e eu levantei e abaxei as sobrancelhas — eu sou ansiosa, tá bom? Não consigo parar. — ela desvia o olhar do meu

— isso eu já sabia. Eu só quis dizer que tu tem que parar de pensar nisso, sei lá, fazer alguma coisa. Tu desse jeito não vai conseguir nem curtir o show. — falo

— é muita responsabilidade dançar no palco da Lud. Eu ja fiz isso algumas vezes, mas sei lá, parece que hoje é a primeira vez. Me desacustumei com essa ideia de dança. — ela desabafa

E por um momento eu fiquei até surpreso por ela estar falando assim, e comigo ainda. Logo eu.

— mas vai dar tudo certo pô. E eu sei que vai. Te vi dançando aquele dia, e tudo é incrível. Vai arrasar no palco. —  tento falar alguma coisa para que ela se sentisse melhor

— eu espero. — ela suspira e volta o olhar para mim — E obrigado pelas palavras. Quando você quer, até que você é legal. — ela diz com aquele sorrisinho no canto da boca

E claro que ela ia implicar. Claro que ia. Se não implicasse não seria a Juliana.

— digo o 'mermo de tu, marrenta. — falo no mesmo tom e ela revira os olhos como sempre

[...]

21:05 da noite.

Tentei distrair a Juliana o dia inteiro. E eu consegui já que ela até esqueceu que tinha que pegar o figurino. Quando ela viu que já era 20:40, ela quis me matar. Disse que era culpa minha e tudo.

Vê se pode.

E ela ficou muito nervosa. De ficar com a mão soando e tudo. Fiquei até com medo, vai que essa mulher desmaiva aqui no meio de todo mundo? Nem sei o que eu faria. Tive que falar algumas coisas pra ela para ver se ela ficava mais calma. O que eu acho que deu certo já que quando ela foi para o caminho contrário do meu, ela tava ótima. Com piadinha, implicância e tudo.

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