You're my drug-Larry Johnson

𝓛𝓪𝓻𝓻𝔂 𝓙𝓸𝓷𝓱𝓼𝓸𝓷

Quando eu tinha 10 anos, meu pai foi diagnosticado com câncer, na maioria das vezes o tratamento sempre foram feitos em casa, so em casos de piora ou da quimioterapia que eram no hospital. Minha mãe trabalhava o dia todo fora e sobrava sempre pra mim cuidar dele, era sempre a mesma rotina, ia pra escola e quando voltava tinha que cuidar do mesmo. A primeira vez que eu me droguei foi quando eu tinha 12 anos, eu tomei um dos remédios de meu pai e foi simplesmente a melhor sensação que ja tive, era a sensação que eu procurava a anos. Meu pai faleceu dois anos depois e isso foi a gota d'água, comecei a me afundar cada vez mais e mais, as drogas são legais, até elas acabarem com sua vida

Minha mãe arrumou um emprego em outra cidade e tivemos que nos mudar para Nockfell, estava tudo muito confuso pois havia acabado de sair da reabilitação e nem 1 semana depois ja estávamos de mudança. Eu estava desenhando no carro que é uma das únicas coisas que me distrai quando estou sóbrio

-Nem acredito que você está sóbrio a quase 1 semana Larry, você sabe o quanto foi difícil pra nós dois, eu estou muito orgulhosa de você-Diz minha mãe enquanto dirigia

A verdade era que eu não estava sóbrio porra nenhuma, eu ainda usava algumas drogas, mas é claro escondido de minha mãe. Quem disse que depois da reabilitação eu devia ficar limpo?

Chegamos ate o apartamento onde minha mãe iria trabalhar, ate conseguimos um apartamento no andar C1 que somente funcionários podem morar

É um saco ficar desempacotando as coisas ainda mais quando se está sóbrio, claro que eu parei um pouco o desempacotamento eu fui para o banheiro usar fentanil, porque afinal ninguém é de ferro, voltando para a sala vejo minha mãe arrumando algumas flores de plástico encima do balcão da cozinha

-Vou dar uma passadinha na casa do Senhor Addison para saber quando vou começar o trabalho, quero que você fique aqui em casa e por favor não use drogas, você sabe o que aconteceu da última vez-diz minha mãe largando as flores e se aproximando de mim

-Eu sei, pode confiar em mim mãe

-Eu confio-logo após ela sai de casa deixando a porta principal aberta

Eu me sinto um lixo traindo a confiança de minha mãe, mas eu só não consigo ficar limpo, eu não consigo encarar o mundo real, é claro que eu fudi com a única ordem de minha mãe

Fazia tanto tempo que eu não tinha essa sensação de vazio, onde sua respiração vai faltando parecendo que o mundo ficou sem ar, um vazio enorme onde você sente que não precisa mais se importa com nada nem ninguém, nada mais importa. Essa era a sensação que eu tanto buscava, esses dois segundos de vazio

O dia seguinte chega e ja era meu primeiro dia de aula, como minha mãe não poderia me levar a aula por conta de seu trabalho eu deveria ir sozinho. Visto o uniforme e amarro meu cabelo em um coque e é claro que não podia faltar o fentanil, coloco um óculos escuros e vou para escola. Não tenho costume de comer de manhã por isso ja peguei o elevador e vou para a escola a pé

Chegando la, a aula havia começado a uns 5 minutos e tinha dois problemas, 1 eu tava drogado, 2 eu nem sabia onde que ficava a minha sala. Fiquei dando varias voltas pela escola parecendo uma barata tonta ate que encontrei um pessoa para pedir informação, ele me informou que a sala ficava no ultimo andar.

Sai correndo o mais rápido que pude quase caindo das escadas, acho a bendita sala e me jogo em cima da porta com toda a força que tinha, o que obviamente a abriu

-Com licença-Falo ao ver todos da turma se virando para a porta

-Ola aluno novo, eu deveria te mandar para a diretoria mas como você é novato eu vou deixar passar só essa vez, agora sente-se e apresente-se- a professora diz parando de escrever na lousa e se virando para minha direção

-Eu sou Larry, tenho 17 anos e eu gosto de rock

Logo após me apresentar procuro um lugar vago, havia um lugar atrás de uma garota que também usava um coque, me sento atrás dela e a professora continua a passar a matéria no quadro

Continua...