Lilith é uma garota nada normal que vive na cidade de Nockfell, onde mora nos apartamentos Addison desde que se entende por gente. Quando ela esta em seu último ano do ensino médio, muda dois novos garotos para o prédio, que passam a frequentar a me...
Por algum motivo seu abraço era confortante, eu me sentia como se nunca quisesse soltá-lo mais
-Eu só não entendi...-Digo ainda no abraço
-O que?-Ele me solta de seus braços
-O por que da Ash ter surtado comigo, eu achei que ela gostasse de mim
-Eu não sei responder isso, talvez foi pelo Sall ou sei la
-Eu sei, mas ela falou coisas tão, tão cruéis pra mim, e tudo por culpa de uma simples pergunta...
-Não se culpa tanto, você tinha o direito de ficar curiosa
-Obrigado, eu acho-Nós dois soltamos uma risada
-Eu vou la em baixo pegar água, quer que eu pegue pra você também?-O moreno diz se levantando do sofá
-Não, valeu
-Então ta, ja volto-Ele desce da casa da árvore
Quando ele sai fica um silêncio ensurdecedor, observava cada cantinho daquele local. Minutos se passavam e nada dele voltar, então, me levanto e vou vasculhar as coisas
Abro muitas caixas, baús, armários, até que encontro uma caixinha escondida no fundo de um daqueles armários, a pego e a coloco por cima de uma mesinha, logo em seguida a abro e la dentro se revelava muitos comprimidos, opioides (telecurso 2000: opioides são substâncias analgésicas usadas para aliviar a dor, mas também provocam uma sensação de bem estar e se usados em exagero, podem levar a dependência química, que é o caso do nosso camarada Larry)
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Bem na hora escuto o barulho da porta se abrindo, era Larry que voltava depois de tantos minutos
-Desculpa a demora é que...-Quando Larry vê a tal caixa aberta sobre a mesa ele simplesmente para de falar e fica parado, sua expressão muda completamente e ele começa a ficar mais pálido tal qual o dia que ele presenciou um assassinato
-Não sabia que você precisava de usar oxicodona-Falo pegando o pote da tal droga de dentro da caixa
-Olha, não é nada disso que você ta pensando-Ele parecia realmente desesperado
-É exatamente o que eu to pensando
-Só não conta pra minha mãe, ela acha que eu to limpo a meses
-Por que você fica se matando assim Larry? Eu to começando a me preocupar
-Eu não sei-Ele se senta no sofá com os olhos marejados
-Eu to tentando te ajudar
-Desde que meu pai morreu parece que o mundo inteiro começou a ficar sombrio, nada faz sentido e isso foi uma tentativa de buscar algo pra que tudo isso faça sentido e eu comecei a perceber que a cada dia, a cada segundo da porra do meu dia, eu me via tentando superar a ansiedade e a depressão-Os olhos do mesmo começaram a lacrimejar e consequentemente diversas lágrimas começaram a escorrer em seu rosto
-Larry eu te entendo...
-Não você não entende, você não entende como é se sentir deprimido e não conseguir se impedir de ficar pior, você não entende como é não se sentir seguro na sua própria cabeça, se eu pudesse ser uma pessoa diferente eu seria-Ele mudo completamente seu tom para um tom mais irritado
-Ei, calma, eu só to tentando te confortar
-Me desculpa, me desculpa-Ele muda novamente seu tom, dessa vez ele começa a chorar compulsivamente
-Ei, não precisa chorar-Me abaixo na frente dele
-Me desculpa-ele repetia essa frase diversas vezes enquanto chorava
-Olha, eu vou falar pra sua mãe e ela vai saber mais como te ajudar-Me levanto e quando me viro de costas para sair sinto ele segurando meu braço
-VOCÊ NÃO VAI-Larry muda completamente de humor, ficando irritado novamente, ele me puxa para o sofá com toda sua força e ele logo se levanta
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O garoto sobe por cima de mim e aperta meus dois braços com toda sua força
-VOCÊ NÃO VAI FALAR PORRA NENHUMA-Ele gritava e apertava meu braço cada vez mais
-Ta me machucando
Logo após essa frase ele me solta e sai de cima de mim
-Me desculpa, não foi minha intenção-O mesmo retorna a chorar
Essa troca de humor dele ja estava me deixando maluca
-Eu não consigo ficar sem isso, eu tento mudar pela minha mãe mas eu não consigo-Ele fala entre soluços
-Olha, vai descansar Larry tu ta precisando e muito, vem vamo descer
Nós dois descemos as escadas e fomos em direção da porta para voltarmos ao prédio, chegando no edifício, nós dois fomos para nossos respectivos apartamentos.
Finalmente estava em casa, entro no meu quarto e me olho no espelho, meus braços estavam vermelhos e com marcas de mão, eu sabia que ele não estava fazendo aquilo por querer e eu não sabia se deveria mesmo contar para a mãe dele sobre todas aquelas drogas que havia encontrado