𝗗𝗢 𝗕𝗘𝗧𝗧𝗘𝗥 | 𝗠𝗦𝟰𝟳

1.3K 74 4
                                    

Meg não queria parecer impressionada, mas seus olhos brilhando desde o momento em que pisou no Yas Marina Circuit deixava transparecer toda a emoção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meg não queria parecer impressionada, mas seus olhos brilhando desde o momento em que pisou no Yas Marina Circuit deixava transparecer toda a emoção.

O último ano havia sido decisivo para a carreira de Mick Schumacher na Fórmula 1, e mesmo que o relacionamento com ele fosse recente, Meg fez questão de ir na última corrida do calendário para apoiá-lo. Ainda se via um futuro incerto pela frente, a dança das cadeiras seguia sem definição para o próximo ano e as chances de um contrato com outra equipe parecia ser um sonho distante para o alemão, mas ele não se deixava desanimar. Os pontos adquiridos pela Haas - que vinha em uma decadência sem tamanho - com certeza não passariam em branco, alguém só precisava dar um empurrão.

Meg nunca foi a pessoa mais ligada ao automobilismo, ela até achava que esse era um dos principais motivos para não ter uma relação mais próxima com o pai, afinal, velocidade e competição eram tudo para Christian Horner. Mas desde que começou a namorar Mick, há pouco mais de quatro meses, estar no paddock virou questão de honra e necessidade. Apesar do seu trabalho limitar às vezes que podia viajar para os Grandes Prêmios - ela era professora da educação infantil em uma creche pública em Berna, na Suíça -, quando podia, Meg não hesitava em comparecer.

Era a primeira vez que ia para Abu Dhabi acompanhar uma corrida da Fórmula 1 e ela já tinha muitos planos para caso Mick conseguisse entrar na zona de pontuação novamente.

— Você já está aqui?

— Sim. Acabei de chegar. — Meg mostrou a credencial no visor da catraca e sorriu quando sua passagem foi permitida. Até o segurança que vigiava a entrada deu o seu melhor para esboçar um sorriso para a loira - parecia, na verdade, uma careta de dor. 

— Fiquei preocupado de que não chegasse a tempo.

— Falta mais de uma hora para a corrida começar, meu amor.

— E isso significa que tenho muito tempo para pensar no que não devia… — Mick soltou um suspiro cansado, daqueles que quebrava o coração da namorada.

— Não é sua corrida de despedida.

— Eu sei, amor, mas…

— Não é, Mick. Estou chegando em vinte minutos, ok?

— Vinte minutos?

— É o tempo que preciso para passar na Red Bull. Meu pai terá uma reunião de última hora.

— Sério? Com quem?

— Comigo.

Mick ficou em silêncio, Meg quase podia visualizá-lo de cenho franzido e mordendo os lábios enquanto tentava seguir a linha de raciocínio dela.

— Te vejo daqui a pouco, então — Mick disse, por fim.

Meg caminhou confiante até a hospitalidade da Red Bull. O cordão no seu pescoço que permitia o acesso VIP poderia até ser de outra equipe, mas o sobrenome impresso nele mostrava de quem ela era filha e ninguém impedia um pupilo de Horner passear livremente por onde quisesse.

ON MY MIND | F1 DRIVERS & FOOTBALL PLAYERSOnde histórias criam vida. Descubra agora