Capítulo 6

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meses depois...

Pry 🌸

Eu e a Madu voltamos a nos falar, mas eu sinto que ela está diferente, não é mais a mesma.

Eu sei que eu tenho um pouco de culpa pelo o que aconteceu com ela, mas eu não iria adivinhar que ia acontecer aquilo com ela.

Porra, desde quando ela chegou aqui no morro, ela se tornou a minha melhor amiga, nunca que eu iria desejar o mal pra ela.

Estávamos na casa dela, fofocando sobre tudo o que aconteceu depois que a gente ficou sem se falar.

Madu: Sim, deixa eu te contar um negócio... - Falou se ajeitando na cama.

Pry: Hum, o que foi? Quando você me olha assim, já sei que vem uma bomba. - Falei desconfiada.

Madu: Tá ligada aquele dia lá, do churrasco na casa da Karine? - Eu assenti. - O L7 veio aqui em casa, já era mais de uma hora...

Pry: Quê? Como assim o L7 veio aqui? O que ele queria? - Interrompi.

Madu: Calma, ele só veio saber como eu tava. - Se deitou na cama novamente.

Pry: Só isso? - Perguntei curiosa.

Madu: Uhum, mãe acordou, aí eu tive que estrar pra dentro de casa. Mas sei lá, Pry, foi estranho ele ter vindo aqui. - Eu fiquei ouvindo atenciosamente.

Uma coisa que realmente é estranho é ele ter vindo aqui, alguma coisa tem.

O L7 nunca se importou com ninguém, cê acha mesmo que ele ia se importar com a Madu?

Ele não faria isso se estivesse afim dela, porquê se ele estivesse afim, já teria oferecido dinheiro pra ela.

Pry: Muito estranho... ele não falou com você mais? - Ela negou.

Madu: Eu até pensei em pedir o número dele pro GS, mas fiquei com medo dele achar que eu sou oferecida. - Falou olhando pro nada.

Pry: Fez bem. Se afasta dele o mais possível, ele não viria aqui se não tivesse nenhuma intenção, do L7 ninguém espera nada. - Alertei ela, que só concordou.

Madu: Você vai para o baile? - Fiquei olhando para a Madu estranho, ela me chamar para ir para baile?

Pry: Tava pensando em ir, por quê? Você vai?

Madu: Uhum, acho que sim.

Pry: Eu já vou, se você for, a gente se ver ela. - Falei me levantando.

Madu 🍒

Fui pra sala falar com minha mãe, avisar que eu iria pro baile ele.

Ela estava com uma expressão séria no rosto, enquanto olhava uns papéis.

Madu: Mãe... - Ela me olha. - Tá tudo bem? - Ela confima.

Sentei no sofá e fiquei olhando pra ela, fiquei sem jeito para dizer que eu ia sair.

Sônia: O que foi? - Me olhou por cima do óculos dela.

Madu: Hum? Nada... - Me fiz de sonsa.

Sônia: Fala logo Maria, eu te conheço. - Guarda os papéis em uma pasta e me dar total atenção.

Madu: Eu tava querendo ir para o baile. - Ela arqueou a sobrancelha. - O que foi?

Sônia: Você nunca gostou desses lugares, e também, tá esquecida do que acontece com você?

Madu: Não irá acontecer de novo. - Essa frase me dar um frio na barriga.

Sônia: Não. - Diz com firmeza.

Madu: O quê? - Pergunto sem entender como o que ela tava falando.

Sônia: Não vai. - Volta a prestar a atenção na pasta.

Madu: Mãe... - Resmungo.

Ela começa a cantarolar, me ignorando.

Madu: Eu prometo vim cedo. - Continua me ignorando. - Eu já sou maior de idade.

Sônia: Então vá, pra você ver se eu não te trago te arrastando pelo os cabelo. - Gritou.

Madu: Caralho também, me algema, já que você quer me manter presa dentro de casa. - Falo no mesmo tom.

Sônia: Era o que eu mais queria, só assim pra você fechar essas suas perninhas. Você acha que eu não tô sabendo que você já deu pros empregados daquele bandido?

Madu: Do que a senhora tá falando?

Sônia: Eu não quero saber de você com coito com o L7 e nem esses bando de traficando que é mandado por ele, tá me ouvindo? - Eu começo a chorar. - Eu comprei um apartamento lá em Ipanema, semana que vem nós vamos, e até lá... - Se levanta e segura o meu rosto. - Eu não quero você saindo de casa pra ver esses caras, e se eles virem aqui como naquele dia, vai sobrar pra você. - Ela sai da sala.

Nesse momento eu só queria morrer.

Eu achava que minha mãe me conhecia, mas eu estava enganada.

Como minha mãe pode acreditar nessas mentiras?

E a forma como ela falou, parecia que eu era uma puta, que rendia para qualquer um.

Mas eu também não deixei de me perguntar, onde ela arrumou dinheiro pra comprar um apartamento em Ipanema.

Eu nunca tive nenhuma intenção em cima dos meninos e nem do L7, mas tudo aquilo que ela falou me fez lembrar de todas as vezes que eu tinha visto o L7, e estranhamente, aquilo me deu borboleta no estômago.

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