8. Mar

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Chegando com mais um capítulo pra vcs. Às vezes parece até que as favs leem nossas mentes, viu? Pois só hoje dona Juliette me surpreendeu tirando uma mensagem sobre o mar do seu potinho de frases, e depois postando story em casa de praia... Lá embaixo vcs vão entender.

Boa leitura. 

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Se permita... A cada nova onda de um mesmo mar você pode se surpreender. 

Os dedos se infiltravam pelos fios claros, apertando e puxando, enquanto sentia a boca de Sarah se movimentar contra a sua de forma lasciva. As mãos da brasiliense estavam em sua cintura, podia sentir os polegares dela tocarem sua pele por baixo da camisa que havia se embolado um pouco na barra ao ser empurrada para dentro do banheiro e puxada contra o corpo de Sarah.

As línguas se tocaram e o suspiro que saiu de ambas foi audível, a sensação gostosa fazendo o sentimento borbulhar na boca do estômago.

Havia tempo que Juliette sentia vontade de fazer aquilo, e agora que podia sentir a maciez da boca de Sarah contra a sua, o gosto dela misturado ao doce da bebida, ela podia ouvir seu próprio coração batendo de forma acelerada. Céus, como desejou aquilo!

Sentiu o ar faltar devido a afobação que se beijavam. Juliette foi quem se afastou primeiro e inclinou levemente o pescoço ao sentir Sarah depositar beijos por sua mandíbula até chegar ao pé do ouvido. Não pode evitar o gemido rouco que saiu de sua garganta, seus olhos fechados fazendo com que seus outros sentidos estivessem mais apurados.

Sarah fazia com que o desejo crescesse cada vez mais e reverberasse por todo seu corpo, os lábios em contato com a pele quente de seu pescoço enviava choques elétricos direto ao seu baixo ventre. Foi o suficiente para fazer Juliette abrir os olhos.

Como se tomasse uma injeção de adrenalina, a morena foi quem empurrou Sarah dessa vez, fechando a porta ao pressionar a brasiliense contra a madeira, voltando a colar seus lábios de forma faminta. Sarah inicialmente levou um susto, mas logo se recompôs e retribuiu o beijo.

Com uma mão, Juliette segurava a mandíbula de Sarah, seus dedos pressionando o pescoço e perto do queixo de forma a comandar aquele beijo. A mãos de Sarah estavam ocupadas apertando sua cintura, a puxando cada vez mais e diminuindo qualquer espaço entre elas. Se alguém ouviu quando as costas de Sarah bateram contra a porta, elas pouco se importaram, perdidas naquela troca intensa.

Sarah sentiu quando os lábios inchados da morena se fecharam sobre o seu inferior e Juliette o chupou lentamente, fazendo com que a loira sentisse seu ventre formigar. Inclinando a cabeça levemente para trás com os olhos fechados, sentiu Juliette segurar mais firme em seu queixo e dar mordidinhas e selinhos alternados em sua boca. A morena sorriu vendo como Sarah estava entregue ao momento, e aproveitou isso para mais uma vez tomar os lábios dela.

Quando se separaram, Juliette sentiu como se mergulhasse na imensidão que era o verde dos olhos de Sarah. Mesmo que agora as pupilas dilatadas cobrissem quase que toda a íris, era fácil se deixar mergulhar de cabeça. Eram intensos, e Juliette estava tão perto dela que podia enxergar pontinhos amarelados sobre aquele mar esverdeado. O olhar de Sarah ainda alternava entre os seus lábios e seus próprios olhos, e Juliette sorriu mais uma vez antes de deixar um último selinho e se afastar.

Sarah tentava conter o seu sorriso, mas era impossível. Não quando o que acabara de fazer era algo que desejou por um tempo. Poderia ser loucura, e era mesmo contando que elas podiam ser flagradas a qualquer momento. O ambiente era arriscado demais, mas foi inevitável quando teve Juliette ali há centímetros de distância e tão entregue. Sarah fugiu tantas vezes, se escondeu do próprio desejo de se jogar, que agora a dose de coragem a fez desatar qualquer nó de incerteza. Ela queria, e ela fez. 

Pedras no Caminho - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora