Capítulo 33

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A madeira range forte o suficiente quando empurro a porta do gabinete, meus olhos recaem sobre os contornos azuis e brancos da parede lisa, eu sabia que o lugar estava caindo aos pedaços, mas não imaginava que sua estrutura e todo o pó poderia facilmente se reduzir a quantidade elevadas de teias de aranha e  sujidade.

Afasto meu corpo do espaço minúsculo voltando a cada detalhe de minha antiga casa, Brian me acompanha em silêncio e o agradeço com um leve aceno de cabeça.

Desde que tomamos a estrada, ele se mantém por perto e não largou minha mão quando decidi visitar o que sobrava de minha antiga casa. Eu volto ao jardim e me perco e cada lembrança.

Vago

Calmo

Doloroso

Brian oferece seu braço e me guia de volta ao carro, eu agradeço e aperto o cinto enquanto espero por ele.

Pouco tempo depois o carro volta para estrada, eu mantenho meus olhos abertos o suficiente para sentir minhas lágrimas se formarem, mas inspiro mais forte ainda acalmando a respiração enquanto busco no fundo na minha mente uma memória a qual me apegar.

— Chorar não é sinal de fraqueza.  — Escuto Brian dizer, imediatamente abro os olhos e o vejo ai, sereno e leve enquanto dirige.

— Mas também não significa ser forte.

— Quase isso. — Brian contorna a curva. — Chorar é uma espécie humana de libertação, o que não pode ser dito por palavras escorre em lágrimas.

Ele sentencia e continua a condução.

Eu me curvo, coloco os pés na cadeira e os abraço como se fosse o suficiente para me salvar de cada coisa que tem acontecido.

Respiro quando passamos pela trilha de árvores onde de longe após os verde forte, é possível avistar uma estrada de terra batida que leva até a Mansão.

Brian para o carro, não diz nada enquanto apenas parece olhar para longe, eu aproveito para observar suas feições calmas enquanto meu coração pula várias vezes, toco em seu rosto com minhas mãos ásperas e quase posso jurar que o escuto gemer baixo, ele não se move, apenas sua respiração parece instável, o sobe e desce soa como uma melodia perfeita causada por mim.

Solto o cinto rapidamente, quando dou por mim e pelas minha verdadeiras intenções, estou pulando para a cadeira de Brian e sentada em seu colo o encarando, ele suspira tão rápido tanto quanto recua a cadeira deixando mais espaço, eu me encaixo ele e sorrio.

— Obrigada por tudo. — Finalmente digo

Minhas mãos passeam em seu peitoral e consigo sentir a forma melódica como ele sobe e desce, quando afasto um pouco de tecido e toco sua pele, o escuto dizer " de nada" e quase quero rir.

— Você não deveria fazer isso. — Ele adverte. — Não deveria fazer isso nesse lugar.

— Você não deveria falar tanto. — me curvo e sussurro perto de seu ouvido, ele geme enquanto algo acende em mim.

Brian não diz mais nada, apenas me observa brincar e tocar partes de seu corpo, por baixo eu sinto seu membro duro e quase quero arrancar sua calça e deixar que ele me faça sua nesse lugar. Eu apenas tento quebrar todo o autocontrole dele, quando deslizo meus dedos para o cós de sua calça, ele segura minha mão e suspira rápido.

— Estou tentando ser cavalheiro para não tomar você nessas condições. — outro suspiro. — Enquanto isso, você brinca com o pouco de controle que tenho, não faça isso.

— Eu não sabia que você tinha um botão de ligar e desligar.

Eu digo de forma casual mas obedeço e volto para meu assento, encosto minha cabeça no vídeo semi-aberto e observo a fila de árvores ficar mais distante quando sinto o carro em movimento, eu inspiro enquanto forço minha mente a pensar de forma aberta em todos os meus passos, estou exausta mas sei que preciso falar com Lily e arrumar essa bagunça, meu coração me pede para correr para seus braços e abraçá-la com toda a força que me resta, de qualquer forma escolhi acreditar que, tal como eu ela sofre.

Nosso Último BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora