Capítulo 9

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Mia O'Connell

Borrifei o perfume da versace atrás da minha orelha e dei uma última checada em minha roupa. Vestido na cor rosa bebê colado no corpo, alças finas e salto alto nos pés da cor creme.

Nada mal para uma balada.

Depois de Kananda insistir muito para que eu acompanhasse toda a sua turma à uma boate hoje, eu resolvi me dar esse luxo já que a semana tinha sido corrida e eu estava muito ocupada com a organização da peça.

Entrei na minha Lamborghini dirigindo até a boate e estacionei meu carro em uma rua um pouco mais abaixo, já que em frente estava lotado de carros e motos, me fazendo ir de pé até a entrada.

Alguns homens jogavam flertes, até mesmo mulheres enquanto eu os seduzia com um belo sorriso em meu rosto.

Papai sempre me dizia que apenas meu sorriso abriria algumas portas para mim, eu acho que ele estava certo algumas vezes e eu não me importaria de usar isso.

Entrei na boate, as luzes piscando me fazendo fechar os olhos uns instantes até me acostumar e caminhei em direção a escada da área VIP, onde todos estavam. Um segurança me barrou e olhei para ele, quando ia responder, a voz grossa e áspera alcançou nossos ouvidos.

- Ela é minha, Drake, pode deixar passar.

Moser.

O segurança assentiu me dando passagem e subi alguns degraus até onde ele estava.

- Por que você fala como se fosse o dono daqui?

Deu de ombros - O Miguel mandou todos seus funcionários tratarem seus amigos como um dos donos, não é culpa minha.

- Entendi.

Passei por ele o escutando respirar fundo e prendi o risinho que queria escapar, enquanto subia escada, eu podia sentir seu olhar queimando em minhas costas.

- Um dia você realmente vai me matar.. - murmurou - Inclusive, você está perfeita - gritou um pouco mais alto.

- Eu não ligo para os seus elogios, Moser - gritei de volta sem olhá-lo, ouvindo-o rir.

- Você veio! - Kananda correu até mim e me abraçou, olhei para a presilha da hello kity presa em seu cabelo e sorri, ela era muito fofa.

- Olá - cumprimentei todas as meninas que vieram me abraçar também.

Era estranho estar em entre eles, eu me sentia um pouco deslocada por não ser tão próxima, mas elas eram tão acolhedoras que isso passava minutos depois e eu me sentia como se já as conhecesse à anos.

- Onde estão as crianças?

- Ficaram na minha mansão com Marina e Carlos - respondeu Maria Júlia, a mulher era surreal de bonita, eu super entendia porque diziam em todos os cantos dessa cidade o quanto ela tinha Kavinsk na mão dela.

Olhei para as outras duas, Ana e Helena, elas também eram bonitas, só tinha mulher bonita aqui, era totalmente compreensível os porquês dos maridos serem tão apaixonados. Eles também estavam aqui, sentados com Moser e conversando animadamente, mas não tinha intimidade para chegar e falar com eles.

- Pensei que fosse vir com Moser - Kity tomou um gole da sua bebida rosa.

- Ela está fugindo dele, como ela viria com ele? - Maria Júlia sorriu, me fazendo rir também.

- Vocês estão morando no mesmo prédio, né? Miguel ficou sabendo.

- O que é que seu marido não fica sabendo, Ana? - Helena perguntou.

- Estamos sim, mas eu prefiro fingir que não.

Elas gargalharam.

(...)

Na hora de ir embora, eu estava cambaleando tanto que Maria Júlia me segurou.

- Você bebeu demais, Mia, melhor deixar que Moser leve você para casa.

- Oh, droga! - praguejei e elas sorriram.

- Tenta dormir no carro, assim você resiste - aconselhou Helena antes que seu marido aparecesse ao seu lado, tocando sua lombar e a levando até o carro.

Caminhei até meu carro, determinada a pelo menos tentar, porém tropecei na rua e caí de bunda no chão.

- Vou começar a achar que você realmente tem uma paixão pelo chão, devo ficar com ciúmes?

- Cala a boca, Moser!

- Vem, me dê sua mão - ele estendeu para mim e a peguei, ficando de pé - Não era para você ter bebido tanto, Mia.

- Você não manda em mim, o cachorrinho aqui é você!

- Sim, eu sou. Mas você vai ficar mal amanhã, só isso, estou preocupado.

- Só.. me leva para casa de uma vez por todas.

Fomos o caminho todo em silêncio, e eu agradeci à Deus por isso.

Saímos do elevador caminhando até nossas portas, quando uma tontura subiu em mim, junto do enjoo.

Moser agarrou minha mão e me puxou para dentro do seu apartamento, me levando até seu banheiro onde eu vomitei tudo o que eu tinha tomado essa noite, em todo o momento ele segurou meu cabelo para não correr o risco de acabar sujando.

- Porque você tem que ser tão teimosa.. - resmungou.

Limpei minha boca e saí aos tropeços do seu banheiro, indo direto para o meu apartamento.

- Não precisa me seguir, estou bem.. - murmurei.

- Eu só quero me certificar.

- Moser, é sério, vai embora.

Subi as escadas sentindo meu corpo pesado e caí na cama, não conseguindo pensar em mais nada.

Pedro Moser

A cobri com os lençóis depois de tirar seus saltos e chequei sua temperatura antes de sair do seu quarto.

Eu nem mesmo bebi essa noite, não quando percebi que Mia estava exagerando na bebida.

Entrei em meu apartamento tomando um banho gelado para esfriar a cabeça e deitei, não conseguindo dormir porque estava preocupado em como ela acordaria amanhã.

Mas não tinha muito o que fazer, agora eu teria que esperar para saber.

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Boa leitura! ❤

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