Capítulo 7

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Mia O'Connell

Depois de acordar às cinco e meia da manhã, me exercitar e praticar ioga. Estava na cozinha vendo um tutorial no YouTube de como passar café e fazer omeletes.

Não me julguem, eu não sou burra, porém nunca me esforcei para aprender a cozinhar antes porque sempre tinha alguém para cozinhar para mim.

Tomei uma golada do café feito por mim e quase cuspi fora, mas se eu fizesse bagunça, eu teria que limpar. Então, cuspi tudo na pia e tomei água, pelo menos os ovos eu consegui.

Eu precisava fazer compras no supermercado urgente, minha geladeira só tinha água, ovos e um pote de nutella - foi só o que eu consegui roubar da cozinha dos meus pais como vingança.

Tomei um banho rápido vestindo uma calça jeans, um top de manga curta e gola alta na cor preta, por cima coloquei uma jaqueta de couro também preta e botas nos pés. O cabelo preferi deixar livre e soltinho, meus cachos estavam lindos hoje.

Peguei minha mochila e chaves do carro e saí porta à fora, ou iria me atrasar para a escola de teatro.

Eu estava montando uma peça junto das crianças e era engraçado vê-los animados para apresentá-la, o entusiasmo deles era a minha gasolina para continuar fazendo o que amo.

(...)

- Não, Nick, é "sobre o vale das profundezas" - o corrigi.

Nick pigarreou e colocou a mãozinha fofa na cara.

- E o que eu disse, Tia Mia?

- Sobre os ventos da natureza.

Ele suspirou derrotado e sentou no chão, dei um minuto de descanso para eles e sentei pertinho dele, o puxando para o meu colo.

- Talvez eu não devesse ficar com o papel principal, Tia.

- É claro que deveria, você foi o melhor no teste, ele é seu por direito - fiz carinho em seus fios loiros e vi o momento exato em que seus olhinhos brilharam.

Eu preferi dar aulas para os alunos de 8 à 10 anos, é uma idade mais avançada, mas também não tanto para me dar mais trabalho. Nada contra os adolescentes, mas a minha colega, Maura, sofre na mão deles.

Nick saltou do meu colo, o peito estufado e determinado.

- Você tem razão, esse papel é meu!

- É assim que se fala, Nick Nick! - fizemos um toquinho com as mãos e voltamos todos para o palco.

- Vamos lá, 3..2..1, ação! - gritei.

(...)

Ok, eu não pensei que iria ser tão difícil carregar todas essas sacolas com compras para o último andar, mas está sendo.

Já era por volta das dez horas da noite, depois do trabalho resolvi passar no supermercado e fazer minhas compras, eu não iria aguentar passar mais uma noite comendo ovos e água.

Tropecei em meus próprios pés sem conseguir olhar para a frente por causa das compras, caindo de quatro no chão, o estrondo ecoou pelo corredor e algumas coisas saíram para fora das sacolas, me fazendo soltar algumas maldições baixas.

O Jogo da conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora