Capítulo 5 - A conversa.

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(...)

Depois do grande susto que tomou, e descobrir que ali era Alastor a aranha suspiro irritada. Não sabia se estava mais irritado com o susto que levou, com Alastor entrando no seu quarto sem permissão ou por ele ter ficado parado no canto com a luz apagada.

- Puta que pariu Alastor sabia que tem meios mais fácil de me matar? Quase tive um infarto aqui, juro que eu nunca o deixaria em paz se tivesse morrido aqui. - Reclamava com uma das mãos sobre o peito sentindo seu coração acelerado, só que o ruivo pareceu ignora tudo o que dizia.

- Angel, quero falar com você. - Sua voz falhada de rádio tomava o quarto com facilidade, Angel sempre achava aquilo estranho, um estranho bom, um estranho que o faz parecer atraente.

Então isso seria um charme? A aranha não queria admitir uma coisa dessas. Sério? Achar a voz de interlocutor falha um tesão? Eu devo ser bem pirado mesmo. Riu internamente de si mesmo e de seu gosto bem peculiar. Então se sentou na cama, se sentido mais cansado que normalmente, deu leves batidas no espaço da cama ao seu lado para Alastor se sentar ali e foi isso que o ruivo fez.

- Seja breve, pois não quero atrasar meu sono da beleza, manter esse rostinho maravilhoso é trabalhoso. - Brincou para cobrir o clima estranho que constantemente tem entre eles, Alastor revirou os olhos com as gracinhas do outro.

- Não se preocupe, pois vou ser breve. - Respondeu serenamente sem se reação sobre o tom brincalhão de Angel. - Quero saber o que a de errado com você, está agindo estranho ultimamente. - A pergunta inesperada fez com que Angel não conseguisse manter o sorriso que mantia para parecer natural.

- Como assim Al? Nada está errado, estou como sempre. - Respondeu atropelando as próprias palavras e Alastor suspiro, Angel pegou Nugg que estava ao seu lado e colocou em seu colo fazendo carinho nele para não precisar olhar para Alastor.

- Tem uma energia estanha vindo de você, e eu posso senti-la. - Afirmo bem serio, ao olhar fixamente para o garoto, mesmo agora podia sentir a energia incomum. - Isso começo depois de seu repentino bom comportamento, a princípio eu pensei que fosse realmente sua alma se limpando do mal e dos pecados, logo conclui que isso era ridiculamente impossível, então conclui que você esta à esconder algo dos outros, e estou interresado em saber o que seria isso, já que não gosto de segredos. - O jeito que falava tudo como se estivesse em uma análise profunda sobre as possibilidades, o fazia parecer que estava falando sozinho.

Naquele momento, Angel odiava o fato de Alastor ser tão observador e inteligente, e logo lhe veio na cabeça os boatos que diziam que o demônio do rádio era tão manipulador que poderia descobrir em uma conversa coisas sobre a pessoa que nem mesmo ela sabia, para então usar em sua vantagem.

- Nada está errado, talvez seja só você não aceitado que está errado, e que sim, as almas podem mudar, pode até ser que a Charlie estivesse certa esse tempo todo. - Mentiu como se não fosse nada demais, não iria arriscar contar a verdade à Alastor, principalmente que ele teria chances de ser o outro pai da criança. Com o cansaço lhe afetando fazia sua mente pensar nos conselhos dados por Husk, o fazendo querer apenas confessar tudo e tirar esse pesos dos ombros, mesmo que as consequências disso fossem as piores.

- Tenho que dizer que és um mentiroso decente Angel, mas não acredito nem sequer um pouco na redenção, sugiro que fale logo o que tem de errado. - Insistiu nem um pouco compreensivo pelo motivo de Angel não querer contá-lo a verdade.

O bebê de Angel DustOnde histórias criam vida. Descubra agora